Descrita no Novo Testamento, a ascensão do Senhor aos céus é repleta de simbologia e representa o evento em que Jesus foi elevado ao céu com seu corpo físico, diante dos seus Onze apóstolos, no quadragésimo dia da ressurreição. Uma anjo informou aos discípulos que a segunda vinda de Jesus acontecerá da mesma forma que subiu aos céus. As descrições detalhadas da ascensão de Jesus estão nos evangelhos de Lucas e Marcos, sendo mais detalhada no livro dos Atos dos Apóstolos.
A celebração da ascensão do Senhor
A afirmação de que a humanidade de Jesus foi levada ao céu é explicitada no Credo Niceno e no Credo dos Apóstolos. Tal qual este evento marcante, a Festa da Ascensão de Jesus é celebrada 40 dias depois do domingo de Páscoa, sempre em uma quinta-feira, de acordo com a tradição.
Essa é uma celebração cristã repetida ao menos desde o século IV e é considerada um dos cinco grandes marcos da narrativa evangélica da vida de Jesus, tendo a seu lado o batismo, a transfiguração, a crucificação e a ressurreição.
A representação iconográfica da ascensão do Senhor se estabeleceu por volta do século VI e passou a ser representada no interior das igrejas católicas lá pelo século IX. Nas imagens, Jesus dá sua bênção apontado para a Terra com sua mão direita e um grupo de pessoas abaixo dele, deixando clara sua elevação ao céu.
Significados da ascensão do Senhor
A ascensão nada mais é do que a elevação de Jesus ao céu. O único salvador e sacerdote da eterna Aliança exerce em caráter permanente seu sacerdócio, por isso é capaz de ter sua divindade sacramentada não pelas mãos dos homens, mas do próprio Deus que o leva para junto de Si. Daí sua capacidade inigualável de salvar a todos nós e interceder por seus filhos.
Nos Céus, está sentado à direita do Pai, com toda honra e glória que só uma divindade é capaz.
Ascensão do Senhor Jesus no Catolicismo
De acordo com o Catecismo da Igreja Católica, a ascensão do Senhor ao céu significa sua participação, em sua humanidade, no poder e autoridade de Deus.
Os documentos católicos que orientam seus fiéis ressaltam que as escrituras definem Jesus como alguém que primeiro instruiu seu povo e seguidores para depois tomar o lugar que é Seu de direito – o céu, ao lado do Pai.
Ascensão do Senhor Jesus na Igreja Ortodoxa e Igrejas Orientais
Os conhecimentos e crenças das teologias da Igreja Ortodoxa e das Igrejas orientais encaram a ascensão de Jesus como o ponto máximo da Encarnação e seu mistério.
Ela marca o fim da presença física de Jesus junto a seus apóstolos e consuma a união divina com o homem, justamente quando Jesus é glorificado ao tomar conta de seu lugar à direita do Pai. A ascensão do Senhor é o símbolo final das naturezas humana e divina do Cristo.
Ascensão do Senhor Jesus no Protestantismo
Segundo a tradição do Protestantismo, a partir dos conhecimentos antigos da tradição do calvinismo e do presbiterianismo, expressados na Confissão de Fé de Westminster, a ascensão de Jesus se deu no terceiro dia, quando ele se levantou dos mortos e com o mesmo corpo com o qual sofreu o flagelo da crucificação. Ou seja, nota-se aqui certa diferença de conceituação com relação às crenças católicas e ortodoxas.
Festa da Ascensão de Jesus
A festa da Ascensão de Cristo é uma das grandes festas do calendário da liturgia católica, comemorada no quadragésimo dia após a Páscoa, uma quinta-feira, ou no domingo seguinte, de acordo com a conveniência da paróquia.
Tal festa é ecumênica, ou seja, celebrada por diversas religiões de matriz cristã. A importância para o mundo cristão dessa celebração também se dá na arte, já que há muitas representações da subida de Jesus Cristo aos céus desde o século VI.
Na maioria delas, as cenas são representadas pela parte celeste e pela terrena. Nela, mostra-se Jesus subindo, por vezes levando uma faixa, com a mão direita abençoando toda a igreja e com a esquerda segurando algo semelhante ao evangelho.
Alguns trechos descrevendo a Ascensão de Jesus na Bíblia
“E, quando eu for elevado na terra, atrairei todos os homens a mim” (Jo 12,32)
“E o Senhor Jesus, depois de ter-lhes falado, foi arrebatado ao Céu e sentou-se à direita de Deus” (Mc 16,19)
“Deus manifestou a sua força em Cristo, quando o ressuscitou dos mortos e o fez sentar-se à sua direita no céu, bem acima de toda autoridade, poder, potência, soberania ou qualquer título que se possa nomear não somente neste mundo, mas ainda no futuro. Sim, ele pôs tudo sob os seus pés e fez dele, que está acima de tudo, a Cabeça da Igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que possui a plenitude universal” (Ef 1, 20-23)
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