Algumas pessoas, mais acostumadas ao universo da mediunidade, podem até considerar o fato de ouvir vozes como um dom, mas para a grande maioria esta pode ser uma experiência um tanto quanto perturbadora.
Isto se explica pelo forte paradigma médico e científico ainda presente na sociedade atual, segundo o qual o ser humano não é visto em sua totalidade corpo-mente-espírito. Ou seja, quando uma pessoa passa pela experiência de ouvir espíritos e procura ajuda, há uma tendência de rotulá-la como “louca”, o que está longe de corresponder à realidade.
Uma pessoa que pode ouvir espíritos possui, em maior ou menor grau, o dom da clariaudiência, que, segundo a doutrina espírita, é a faculdade pela qual o médium consegue ouvir vozes, sons, palavras e ruídos que estão além da percepção auditiva comum.
Qualquer pessoa pode ouvir vozes de espíritos?
Allan Kardec, o criador da religião/filosofia espírita, afirmou em uma de suas principais obras literárias, O Livro dos Médiuns:
Todos nós sentimos, em graus maiores e menores de intensidade, consciente ou inconscientemente, a influência dos espíritos, e por este motivo a mediunidade e seus dons não se tratam de prerrogativas, mas são intrínsecas a todos os seres humanos.”
Anos depois, as afirmações de Kardec foram comprovadas pelo famoso cientista norte-americano Joseph Banks Rhine, da Universidade de Duke.
Especialista em parapsicologia, Rhine comprovou estatisticamente, através de suas pesquisas, que as capacidades mentais categorizadas como mediúnicas estão presentes em larga escala na população mundial, em maior ou menor estágio.
Ainda segundo os estudos de Rhine, na maioria das vezes, ao ouvir vozes de espíritos, a pessoa tem a estranha impressão de escutar dentro do próprio cérebro.
Isto se explica pelo fato das impressões sonoras espirituais não passarem por nossos ouvidos comuns, mas serem captadas pela glândula pineal, ou terceiro olho, que, conjuntamente ao cérebro, interpreta diretamente as mensagens.
Clariaudiência e mediunidade
Após acostumarem-se ao dom da clariaudiência, os médiuns conseguem ouvir espíritos e conversar com eles, muitas vezes reconhecendo-os pela tonalidade da voz.
Mas e quando se pretende estabelecer comunicação com um espírito mesmo sem ter o dom da clariaudiência desenvolvido?
Para estas ocasiões, pode-se contar com o auxílio dos médiuns audientes, que atuam como intérpretes das mensagens advindas do plano espiritual.
Por exemplo, o brasileiro Chico Xavier possuía uma mediunidade tão avançada que lhe permitia ouvir espíritos de todos os tipos, desde os que vagavam em busca de um rumo aos que desejavam enviar mensagens aos seus familiares.
Ouvir vozes: mediunidade ou esquizofrenia?
Hoje, uma pessoa que ouve vozes que podem ser de espíritos é tida como esquizofrênica, recebe fortes sedativos e, frequentemente, é internada em hospitais de unidades psiquiátricas, registrada como mentalmente instável, uma definição praticamente irreversível e para o resto de sua vida. É possível que não receba esse tratamento, mas recebe, por períodos indefinidos, sedativos que fazem grandes estragos.
O que ocorre, infelizmente, na prática médica é algo que realmente não se compreende muito bem. Por quê? Porque a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que saúde é o estado de completo bem-estar do ser humano integral: biológico, social, ecológico e espiritual. Então, saúde é definida pela OMS como sendo o equilíbrio entre fenômenos orgânicos, psíquicos, sociais e espirituais. No entanto, na prática, os médicos não consideram todos esses fenômenos, mas tão somente os orgânicos ou biológicos.
Podemos perguntar, em qualquer país, o que ensinam as escolas de medicina e constataremos que os médicos não são alertados para os problemas psicológicos e espirituais do paciente, eles restringem-se às reações orgânicas, como se o ser humano fosse reduzido tão somente ao corpo físico. Embora o Código Internacional de Doenças (CID), conhecido no mundo todo, no número 10, questão F 44.3, contemple a existência dos estados de transe, fazendo a distinção entre os normais, os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença, a maioria dos médicos não leva isso em consideração.
No Tratado de Psiquiatria de Kaplan e Sadock, um dos mais consultados pelos psiquiatras, no capítulo dedicado ao estudo das personalidades, há também a distinção entre as personalidades que recebem a atuação de espíritos e as dos que são doentes. A psiquiatria já faz, portanto, a distinção entre o estado de transe normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios.
Isso, portanto, precisaria ser mais discutido com os colegas, principalmente com aqueles que não consideram a possibilidade de comunicação dos espíritos com os encarnados. Por quê? Porque já há a contemplação nos próprios compêndios da medicina a respeito da possibilidade de comunicação dos espíritos.
Outro aspecto que também contempla a condição de ouvir e falar com espíritos é a obra de Carl Gustav Jung, que estudou o caso de uma médium que recebia espíritos por incorporação nas sessões espíritas. Desse modo, constatamos que já existe uma abertura para o estudo do espírito dentro do currículo da psicologia e da própria medicina. O que ocorre é que a preparação dos médicos ainda é extremamente reducionista e, com essa visão estreita, são levados a considerar apenas e tão somente os fenômenos orgânicos.
Concluindo, pessoas que dizem ouvir vozes são constantemente julgadas como psicóticas e tratadas com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas, mesmo sabendo que existe uma porcentagem de pessoas que são consideradas psicóticas por ouvirem espíritos que, na realidade, são médiuns.
Apenas integrando espírito e corpo é que teremos possibilidade de abertura para entender quando se trata de um ou de outro caso. Portanto, se você começar a ouvir espíritos, fique calma e procure a ajuda de profissionais com abertura espiritual, ou mesmo um bom local com vocação espiritual antes de se considerar louca.
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