Geralmente a superstição é algo que nos acompanha a vida inteira, e em alguns casos, são costumes que herdamos de nossos familiares.
Contudo, as superstições podem ter significados diferentes na vida de cada um. Por isso, hoje vamos conhecer mais sobre a superstição e como ela está inserida no cotidiano das pessoas.
Percebendo a superstição
A superstição é algo tão intrínseco em nosso dia-a-dia que muitas vezes não percebemos que ela está presente.
Por exemplo, eu estava vendo o espetáculo de cores vibrantes e movimentos de um jogo de futebol, quando percebi uma atitude de um jogador.
Ao entrar para uma substituição, esse jogador fez um sinal da cruz e entrou com um pé só (o direito), dando três pulinhos antes de colocar o outro pé ao solo e seguir cumprindo seu ofício de jogador.
Com isso comecei pensar sobre o que estaria contido naquele ato, pois ali, aquele atleta carregou todas as suas intenções e esperanças. Era como se aquela ação supersticiosa pudesse, de alguma forma, influenciar o desenrolar dos eventos a seu favor.
Nesse momento o jogo tornou-se um mero pano de fundo, e comecei a questionar sobre as inúmeras vezes que, mesmo sem perceber, cedemos ao ritualístico ou simbólico. Ou quando buscamos conforto em ações ilógicas, mas com o poder de se inserir profundamente em nossa cultura e história de vida.
E pensando nisso e observando aquele jogador, percebi nas entrelinhas de seus movimentos as cordas invisíveis que movem a todos nós, juntamente com seus altos e baixos, perdas e ganhos.
O ganhar e perder que faz parte do que somos e do que precisamos para evoluir.
Assim, quase não percebi quando o apito final soou, e como se despertasse de um sonho, me vi com aquele eco que permaneceu em minha mente.
O que significa superstição afinal? E como ela nos influencia?
É isso que vamos aprender agora!
Significado da superstição
A palavra superstição tem sua raiz no latim ‘superstitio’, composta pelos termos:
- Super: o que está sobre ou além de algo;
- Stitio: ficar ou permanecer.
Sendo assim, em um sentido literal, podemos interpretá-la como algo que permanece além ou persiste além do necessário.
Porém, as superstições são resquícios e resultado da busca eterna da humanidade por significado e controle em um mundo repleto de incertezas. Ou seja, crenças que nos acompanham como sombras do passado.
E temos vários exemplos dessas crenças, como:
- má sorte ao passar por baixo da escada;
- boa sorte ao encontrar um trevo de quatro folhas;
- anos de azar ao quebrar um espelho.
Além dessas temos o olho direito tremendo, superstição que pode significar boa sorte e a chegada de notícias positivas. Mas se você quiser confirmar a chegada dessa sorte, os oráculos são ótimas ferramentas para te ajudar. Fale com nosso especialista João Sampaio e descubra como!
Mas será que as superstições são apenas crenças e ações sem sentido que precisam ser abandonadas pela razão?
Acho que Jung, pelo menos, não pensaria desta forma, principalmente se aplicarmos o seu conceito de sincronicidade a este contexto.
Superstições e sincronicidade
Ao relacionarmos a superstição com a sincronicidade, ela nada mais seria do que meras crenças ou práticas baseadas em conexões causais falaciosas.
Entretanto, também poderíamos vê-las como expressões de padrões arquetípicos do inconsciente coletivo, manifestando-se através de eventos sincrônicos.
Assim, as superstições seriam uma forma pela qual nós tentamos dar sentido e ordem ao mundo, reconhecendo e respondendo a esses aos padrões desses arquétipos em nossas vidas cotidianas.
Com isso, superstição e sincronicidade compartilham um terreno comum, pois ambas sugerem uma realidade em que eventos externos podem refletir processos internos psíquicos e vice-versa.
Sob esta visão, a superstição deixa de ser uma simples falta de lógica (ou pensamento primitivo) e assume a forma de um indicativo ou sintoma da eterna busca humana pela conexão do Universo e a sua parte neste todo.
As superstições oferecem um bastão imaginário para tentar domar o imprevisível, um feitiço sussurrado contra o vento do destino. Ou seja, a superstição mostra um desejo de controle ao viver em um mudo cada vez mais racional e científico.
Contudo, nem sempre podemos controlar tudo, mas existem ferramentas que nos ajudam a estar sempre prevenidos, como o Tarot. Converse com nossos especialistas e veja como as cartas podem te guiar!
Os perigos da superstição extrema
Ser supersticioso é ser humano, pois somos formados por medos, esperanças e o eterno desejo de significado.
Com isso, essa inclinação para encontrar padrões no caos e ver sinais onde há apenas coincidências, é uma faceta da nossa herança evolutiva.
Pode-se dizer que é um eco dos tempos em que interpretar corretamente um sussurro na floresta significava a diferença entre a vida e a morte.
Contudo, também existem riscos ao deixar que a superstição nos acompanhe com frequência. Pois quando a realidade começa a ser vista exclusivamente com olhos supersticiosos, perdemos a capacidade de discernir o caminho de volta para a razão.
Em outras palavras, a dependência de rituais e talismãs é um extremo que pode nos prender e limitar nosso potencial e nossa liberdade.
Por exemplo, lembra do nosso jogador?
Imagine se ao invés de apenas entrar em campo com o pé direito, ele acreditasse que era necessário pular três vezes com um pé só a cada cinco minutos. Quais seriam as consequências disso?
Primeiramente, ele não teria nenhuma concentração no jogo, pois estaria tão preocupado com seu ritual que diminuiria seu rendimento. Além disso, ele:
- estaria dependente da sua crença;
- seria julgado pelos colegas de equipe;
- perderia sua autonomia;
- seria considerado inapto para jogar.
Como resultado, ele se isolaria socialmente e teria prejuízos profissionais e financeiros.
A fé e a superstição
Geralmente, um pequeno ato supersticioso pode ser equivalente a uma rápida oração gestual ao universo. Pois ali você confia, por meio da fé, que aquela atitude trará resultados.
Mas, apesar de ser equivalente, não podemos comparar a superstição com a oração, pois seria como comparar o reflexo da lua nas águas de um lago com o próprio luar.
Ambos têm luz, mas a oração é um diálogo com o divino, uma busca de conexão e compreensão. Já a superstição é um monólogo sem, necessariamente, buscar entender alguma essência.
Diferenças entre oração e superstição
Geralmente, a oração é uma busca incessante por amor, paz e missão de vida, e nela expressamos:
- esperanças
- agradecimentos;
- dúvidas;
- anseios.
Além de encontrarmos conforto, orientação e pertencimento.
Enquanto isso, a superstição é uma manifestação de nossas inseguranças e anseio por controle do caos. Assim ela se torna um espelho, refletindo nossos medos e desejos de influenciar os resultados, afastar o azar ou atrair a fortuna.
Porém, oração e superstição também podem coincidir, e esse momento simboliza a fusão entre o divino e o humano, etéreo e terreno. Isso porque, nos momentos de pressão, ansiedade ou simplesmente na busca pela sorte, recorremos a várias práticas que nos ajudam a enfrentar o mundo.
Uma dessas práticas é o uso dos banhos energéticos, principalmente para o alívio da ansiedade e abertura de caminhos. Fale agora com nossos consultores e descubra como esses banhos te ajudam!
Enfim, seja com o trevo de quatro folhas ou o significado do olho direito tremendo, a superstição é um ato de buscar orientação e proteção em tradições espirituais e práticas culturais. Mas lembre-se que mesmo nas superstições, precisamos manter o equilíbrio para alcançar um otimismo saudável.
Até a próxima!