Fortes religiões que possuem uma base bastante parecidas e por isso são usadas como sinônimos. Porém, isso é um grande erro! Umbanda e Candomblé são religiões distintas que possuem origens e crenças diferenciadas, e até mesmo alguns ritos díspares. Está curiosa sobre este assunto? Então, conheça agora as diferenças entre Candomblé e Umbanda.
A origem que explica as diferenças entre Candomblé e Umbanda
A primeira diferença é a origem das religiões. O Candomblé existe há centenas de anos. Ele nasceu na África, provavelmente nas regiões onde hoje se encontram a Nigéria e o Benim. A Umbanda, por sua vez, incorpora ritos do Candomblé, mas é brasileiríssima e bem mais nova: tem pouco mais de 100 anos de existência. Mais especificamente, a Umbanda é mais que brasileira: é fluminense. Foi desenvolvida em Niterói, por africanos escravizados.
As diferenças entre Candomblé e Umbanda começa em suas inspirações
Ao contrário do que muitos pensam, a Umbanda não bebe apenas da fonte do Candomblé. A religião brasileira tem também influência dos rituais indígenas, católicos, judaicos e espíritas.
Deuses ou ancestrais – Outra diferença marcante entre as duas religiões está na forma com que seus fiéis tratam os orixás. No Candomblé, os orixás são ancestrais, ou seja, têm grau de parentesco com os mortais e, inclusive, histórias de vida na Terra. Já na Umbanda os orixás são considerados um mistério divino.
Espíritos – Por influência do espiritismo, uma das diferenças entre Candomblé e Umbanda é que na Umbanda acredita na existência de entidades que voltam à terra para ajudar os humanos. São chamados de “entidades de trabalho” (espíritos que se transformam em mestres espirituais após a morte de seus corpos).
Já para o Candomblé, um espírito humano que volta à terra é considerado um “egum”, que tanto pode ser um espírito evoluído com o intuito de ajudar, como um espírito obsessor que precisa ser afastado.
Diálogo e as diferenças entre Candomblé e Umbanda – Na Umbanda, a limpeza espiritual é realizada por meio de médiuns que incorporam os orixás (muitas vezes os médiuns são pegos de surpresa e sequer sabem que têm esse poder). Por outro lado, no Candomblé esse diálogo com os orixás é feito por meio de jogos de búzios.
Relação com os animais – Apenas o Candomblé aceita o abate dos animais. É importante ressaltar que os animais mortos servem como alimento para os humanos. Somente sangue e vísceras são ofertados aos orixás. Não existe, na Umbanda, abate religioso de animais. E essa é uma das grandes diferenças entre Candomblé e Umbanda.
Relação com o cristianismo – Uma das diferenças entre Candomblé e Umbanda, é que no Candomblé não aceita a presença de santos católicos nos terreiros (ou “ilês”). Isso se deve, sobretudo, aos abusos cometidos pelos europeus na época da escravidão. Esses abusos não se restringiram ao terrível sequestro de homens e mulheres negras. Os europeus também impuseram uma guerra santa e cultural para destruir o Candomblé.
O sincretismo, por outro lado, é uma marca da Umbanda, que faz correlação entre orixás e santos católicos, e louvam entidades originalmente indígenas (os caboclos).
Hierarquia e as diferenças entre Candomblé e Umbanda
Pais de santo, ogãs, cambonos e médiuns só existem na Umbanda. A hierarquia, no Candomblé, é definida pelo tempo de iniciação dos adeptos. Assim, pode ser que um jovem de 30 anos tenha ascendência hierárquica sobre alguém de 50. Basta, para isso, ter se “iniciado” na religião há mais tempo.
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