Durante a história, os campos da Astrologia e da Astronomia andavam de mãos juntas: a crença de que os planetas e outros astros influenciavam a vida na Terra era uma grande motivação para observar os céus com muito cuidado e atenção desde a Antiguidade.
Hoje em dia, muitas pessoas se preocupam com a forma que os planetas influenciam o dia-a-dia, e saber os posicionamentos de mapas astrais é uma maneira de entender as razões por trás de acontecimentos e personalidades.
Mas já parou para pensar no papel que os astrólogos tiveram ao longo da história? Será que eles tinham influência com reis e imperadores? Continue lendo e descubra!
Não há muito consenso sobre onde e quando exatamente a Astrologia surgiu, mas a história concorda que ela foi mais desenvolvida na Mesopotâmia há pelo menos seis mil anos, principalmente na região da Babilônia. A Astrologia naquela época era usada como uma forma para prever eventos que pudessem afetar diretamente os reis e a nação, como previsões das mortes de reis.
Com a expansão do poder de Alexandre, o Grande, e a conquista do Império Persa, os gregos passaram a ter contato com a Astrologia dos mesopotâmicos, levando à previsão de que esse grande conquistador encontraria seu fim na Babilônia, o que de fato aconteceu. Antes desse contato, os gregos tinham um conceito básico da influência dos astros.
Quando os romanos passaram a ter contato com a cultura grega, as noções da Astrologia conseguiram espaço na sociedade: supersticiosos, os romanos mais poderosos contavam com a orientação de astrólogos para agir.
Além disso, imperadores romanos usavam a Astrologia como uma forma de justificar seu governo, além de usá-la como uma forma de prever sua morte. O Imperador Tibério, por exemplo, contava com a orientação do astrólogo e filósofo Trasilo de Mendes, seu amigo próximo; o astrólogo previu que Tibério seria nomeado como sucessor de Augusto.
Já por volta do século XV na Europa, reis e rainhas contavam com a orientação de astrólogos de corte, responsáveis por determinar o melhor momento para realizar a cerimônia de coroação ou para entrar em guerra, ou até mesmo indicar em quem os monarcas deveriam confiar.
A crença na Astrologia era tão forte na época que era considerado crime calcular o mapa astral de um rei ou de uma rainha, que era considerado informação confidencial!
Além de orientar reis e rainhas, astrólogos também aconselhavam e determinavam os melhores momentos para viajar, plantar ou colher safras, e previam desastres naturais.
Conheça alguns astrólogos importantes na história e como eles ajudavam reis, rainhas, imperadores e a sociedade em geral em tempos antigos!
Imagem: Wikipedia
Guido Bonatti foi um grande astrônomo e astrólogo que viveu na Itália durante o século XIII, sendo responsável por orientar diversas figuras importantes, entre elas Frederico II, Imperador Romano-Germânico, e Ezzelino III, grande senhor que governou as regiões de Verona, Vicenza e Pádua.
William Lilly, por sua vez, teve um papel importante para a Inglaterra do século XVII, sendo responsável por aconselhar o Parlamento em assuntos de guerra. Ele foi um grande especialista da Astrologia Horária, forma conseguir respostas sobre fatos do presente ou do futuro a partir do mapa astral da pergunta, ou seja, considerando a data, o horário e o local no momento em que a pergunta foi feita.
Além de seu trabalho com mapas astrais, William Lilly também era famoso por suas previsões: William era frequentemente contratado para dar sua visão em campos de batalha antes que os combates iniciarem, além de ter previsto o Grande Incêndio de Londres cerca de treze anos antes!
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Imagem: Revista Galileu
Johannes Kepler, grande astrônomo e matemático alemão, responsável por formular as três leis do movimento planetário, também era um grande astrólogo e trabalhava como um conselheiro do Imperador Rodolfo II. Kepler escreveu horóscopos, não apenas para o Imperador, mas também para familiares, colegas e outros membros da sociedade alemã entre os séculos XVI e XVII.
Matemático, astrólogo e ocultista, John Dee teve cumpriu o importante papel de conselheiro e tutor da rainha Elizabeth I; nessa função, definiu a data de coroação da Rainha. Durante vinte anos, Dee foi responsável por orientar, principalmente no campo da navegação, a Inglaterra na expansão do Império Britânico.
Dee também foi preso por traçar horóscopos da Rainha Maria I e da Princesa Elizabeth I, o que era considerado crime.
Importante notar que, na época, também eram publicados almanaques com indicações dos momentos ideais para plantar com base em eventos cósmicos.
Astrólogo, astrônomo e matemático italiano, Luca Gaurico conseguiu chamar a atenção de Catarina de Médici, rainha consorte da França e esposa o rei Henrique II, atuando como seu consultor astrológico.
Ao longo de sua vida, Gaurico previu inúmeros fatos políticos, como a eleição dos Papas Leão X e Paulo III, além de ter previsto a morte de Henrique II sete anos antes. Luca também calculou os mapas astrais de inúmeras pessoas influentes, como papas, cardeais, reis e outros membros da nobreza.
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