Todo lugar tem uma energia que será passada para qualquer pessoa que pisar nele. Essa energia é oriunda de muitas coisas diferentes, por exemplo, acontecimentos importantes do local, pessoas que viveram ou conviveram, pessoas que passa por ali e objetos contidos no ambiente. Esses são alguns dos fatores que fazem com que essa troca de energia e sentimento aconteça em alguns lugares, pois eles acabam aflorando alguns sentimentos.
Contudo, a junção de tudo isso pode ser boa ou ruim. É justamente dessa energia ruim que vem o tão conhecido termo de “mal assombrado”, como nos filmes de paranormalidade. Na cidade de São Paulo existem vários lugares que dizem ser mal assombrados. Trouxemos uma lista dos principais e as histórias por trás. Olha só:
Vale do Anhangabaú (Viaduto do Chá)
Uma grande praça no centro da cidade que nos dias de hoje é cenário de festas, folias de carnaval mas também “casa” de sem-tetos, palco para brigas e uso de substâncias ilícitas pesadas. O Vale do Anhangabaú é visto como mal assombrado desde a chegada dos portugueses no Brasil.
A história diz que lá corria um rio que levou indígenas e escravos para a morte, principalmente depois dos europeus virem para nosso país. O nome “Vale do Anhangabaú” veio da língua tupi-guarani e seu significado é “Rio do Diabo”. Após a pavimentação da cidade e da construção do viaduto, a praça foi cenário para diversos suicídios por queda.
Faculdade de Direito USP (Largo São Francisco)
O prédio e o terreno da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo que está localizado no Largo São Francisco, no centro da cidade, é mais um na lista dos lugares mal assombrados da nossa cidade. Antes de existir o prédio dizem que o local contava com um mosteiro (lar para monges e freiras) e que os corpos de alguns monges estão enterrados embaixo da propriedade.
Após a construção da universidade, algumas coisas ainda tornam o local um tanto quanto bizarro. Um fato confirmado é que o antigo professor Júlio Frank está enterrado lá. Outros boatos dizem que um dos alunos sofreu um acidente, morrendo espetado e até que nos corredores é possível ouvir os estudantes póstumos discutindo política.
Edifício Martinelli
O próximo monumento com fama de assombrado em nossa lista é um dos mais famosos da cidade, o edifício Martinelli.
O local, por ser muito antigo, possui histórias que impressionam e até chegam a assustar um pouco. O primeiro arranha-céu da América Latina, possuindo 26 andares, foi palco de muitos assassinatos. O mais famoso deles aconteceu em 1947. Davidson, um garoto judeu, foi jogado no poço do elevador depois de ser abusado sexualmente e estrangulado. Outras mortes que aconteceram no prédio repercutiram e são de causar espanto, como a de Márcia, estuprada por cinco homens e morta em um dos apartamentos.
Ainda dizem que existe uma lenda contados pelos que conhecem o lugar a bastante tempo de que uma loira sem rosto costuma caminhar pelos corredores de noite.
Theatro Municipal
Esse é um dos espaços mais históricos e antigos da cidade. Em dias antigos, as apresentações mais diversas aconteciam lá. Os boatos dizem que os espíritos dos artistas que tiveram a honra de participar dessas apresentações ainda andam por lá. Funcionários já contaram ter vistos luzes acenderam sozinhas, instrumentos musicais serem tocados e até movimentos entre o palco e o camarim. Tudo isso sem ninguém, além dos funcionários estarem presentes no teatro.
Largo da Batata
Um dos ambiente mais badalados e conhecidos de São Paulo. Localizado na Av. Brigadeiro Faria Lima, trata-se de uma praça rodeada por bares descolados conhecida como largo da batata. Um ambiente onde as pessoas costumam aproveitar as tardes e noites bebendo, fumando, andando de skate e curtindo com os amigos. Como os bares ficam localizados dentro da praça, facilita a circulação e aglomeração de pessoas.
Mesmo com esse ambiente tão chamativo, o largo conta com alguns pontos que não agradam a todos. Ao passar por lá, é comum ver jovens de todas as idades usando os mais variados tipos de substância ilícitas. Além disso, nos dias de hoje também existem bordéis e prostíbulos em diferentes pontos da praça.
O que muitos não sabem é da história do lugar. Uma lenda local diz que há muito tempo atrás foi construído um cemitério que era cenário de acontecimentos que trouxeram uma energia mais carregada para o ambiente. Alguns dizem que é por isso que acontecem tantas confusões mentais, emocionais e físicas no largo da batata. Coisas relacionadas a músicas, drogas prostituição. Com o passar dos anos, foi construído uma estação de trem e nos dias de hoje, o largo da batata.
Cemitério da Consolação
Construído em 1858, o cemitério da consolação é um dos mais antigos que ainda existem em São Paulo. Lá você encontrará túmulos e criptas tão grandiosos que parecem ser até de filmes. Contudo, os boatos e lendas que rondam o local fazem que nem todo mundo queira passar por lá.
Os dizeres populares sobre a lenda contam que pessoas que não estão mais entre nós foram vistas andando pelos corredores do cemitério. Desde coveiros e alguns famosos como Monteiro Lobato e até Tarsila do Amaral, que está enterrada lá. Ainda assim, existe uma pequena tour que acontece para quem deseja ver o túmulo das pessoas famosas que também foram enterradas lá.
Além disso, outros mortos que foram protagonistas de casos famosos também tem seus túmulos lá. Como Dona Yayá, três parentes que foram assassinados no Castelo da Rua apa e algumas mulheres que foram jogadas no poço onde é o Edifício Joelma hoje.
Casa da Dona Yayá
Esse lugar foi, por mais de quatro décadas, a casa de Sebastiana de Mello Freire, conhecida como Dona Yayá. Ela faleceu em 1961, mas nos tempo em que estava viva, deu muito o que falar. Dona Yayá foi a única herdeira de uma das famílias mais ricas de São Paulo na época. Em 1920 foi considerada louca por decisão judicial e teve que se mudar para essa casa onde era recebia tratamento psiquiátrico isolado, um “hospício particular”.
Atualmente, o local foi transformado em um Centro de Preservação Cultural pela Universidade de São Paulo (USP). Contudo, as lendas dizem que o espírito de Dona Yayá reside lá até hoje.
Capela da Santa Cruz dos Enforcados
Localizada no bairro da Liberdade. A história desse local começa em 1821, quando um cabo pediu igualdade salarial e tratamento melhor para os soldados brasileiros. Por isso, ele foi condenado a forca. Contudo, no dia de sua execução a corda arrebentou duas vezes mas mesmo assim, ele morreu. Para os que estavam vendo, isso foi um sinal do céu para mostrar a inocência do homem e por isso, foi erguida uma cruz. Após mais de 65 anos do ocorrido, foi erguida uma capela no local.
As lendas dizem que a alma e espírito do cabo ainda estão na igreja e por isso, a capela recebeu o nome de igreja das almas.