Com tantas histórias e lendas, você já se perguntou se existe bruxa na vida real?
Desde o início do Astrocentro, sempre buscamos desmistificar a forma mau vista que as bruxas eram vistas!
Sabemos que nestes últimos anos, o cinema, os livros, até os desenhos, vem acabando com essa ideia de ser maligno. Porém ainda existe muita gente que não pensa assim, e por isso, mais um ano estamos aqui para explicar a você a história da bruxa na vida real.
Como um tema especial de Halloween, convidamos as sacerdotisas da Wicca, Fabíola Cota e Nadini Lopes, para falar um pouco sobre o que é de fato ser uma bruxa na vida real.
Então, se você deseja saber mais sobre a religião Wicca, de como as bruxas tratam apenas sobre o empoderamento feminino e valor da natureza, então você veio ao lugar certo. Você também pode aprender mais sobre esse empoderamento e as forças da natureza com nossos especialistas da Astrocentro App.
Quando crianças, nós ficamos cercados de contos de fadas que tratam as bruxas como maldosas, sem coração e prontas para comer crianças vivas.
Ao passar dos anos, a bruxaria começou a ser tratada como magias sobrenaturais e não tão ruins. Por conta disso tivemos sucessos neste mundo de fantasia que fez até uma geração inteira se apaixonar por Harry Potter.
Só que apesar de todos amarmos o bruxinho que sobreviveu, a realidade é bem diferente do que a ficção.
“Hoje em dia a bruxa é pop, ou seja, é legal ser bruxa. Isso se tornou um sinônimo de mulher empoderada e que muitas mulheres gostam de se auto intitular, mas que na verdade não compreendem o que é ser bruxa”, conta Fabíola.
Por isso a ideia de magia fictícia, faz com que as pessoas interpretem completamente errado qual a real essência da bruxaria. Por isso é importante que a gente conheça a história lá do passado para não acabar tornando essa espiritualidade algo banal.
“O termo bruxas surgiu de forma pejorativa. Isso aconteceu quando lá na Idade Média, a Igreja Católica (no período da Inquisição) queria transformar as práticas de cura das mulheres que eram cuidadoras e mexiam com ervas em uma prática ruim.”, explica a Nadini.
“Tornavam todo esse conhecimento da mulher em uma prática do demônio” continua explicando a forma como a Igreja fez de tudo para desacreditar essas mulheres, tornando-as inimigas da sociedade. “A escritora Silvia Federici Tino, no livro Calibã e a Bruxa, fala sobre como esse período foi um instrumento da Igreja para transformar ainda mais as mulheres em algo ruim dentro da sociedade”.
Nadini é sacerdotisa na Wicca e por isso que ela acha importante explicar que foi por conta desse período e de vários outros que surgiram derrubando o poder da mulher que a sua religião foi criada.
Durante os anos de 1955/56, quando caiu a última lei inquisitória na Inglaterra, Gerald Gardner, resgatou o termo bruxa para torná-lo positivo. Assim, ele cria a Wicca com base em religiões que já existiam, que tinham conexão com o divino, para mostrar que não era algo ruim, negativo, mas sim uma religião muito bonita de comunhão com a natureza.
Mas infelizmente a desmistificação não aconteceu tão rápido a ponto de impedir que as lendas macabras sobre bruxas se espalhassem pelo mundo:
“É importante falarmos sobre isso, pois somos criados desde cedo enxergando o termo bruxaria como algo ruim. As ideias que os filmes de Hollywood passam acabam tornando as bruxas na mulher má com verruga na ponta do nariz e que come crianças”, aponta Nadini.
Concordando com o ponto de vista, Fabíola completa com “A bruxa já foi vista com uma mulher perigosa que deveria ser evitada e por isso ela era feia uma velha solitária que se esconde na floresta”, e a sacerdotisa Lopes termina explicado que “Com a Wicca aprendemos que a bruxa é uma pessoa que possui uma comunicação com a natureza e com os ciclos naturais”.
Contudo, nem sempre é fácil compreender esses ciclo. Sendo assim, muitas pessoas procuram a ajuda do Tarot para compreender melhor seus caminhos. Fale com nossos especialistas e descubra como!
O dia das bruxas é um feriado muito importante no hemisfério norte. É tão forte que já nos impacta no Brasil que não temos nenhuma ligação direta com isso.
Mas a verdade é que sua história está muito além do que ir atrás de fantasias, pedir doces e aprontar não receba o seu pedido.
Nas religiões pagãs acreditam que no dia 31 de Outubro o véu entre o mundo dos mortos e vivos está muito fino. Tão fino que os espíritos são capazes de caminhar entre os vivos. É então que começa a história da abóbora Jack-o’-lantern.
“Com medo que esses espíritos pudessem ser ruins ou fazer alguma coisa maldosa com as pessoas que estavam na Terra, os bruxos fazem essas abóboras iluminadas que são chamadas de Jack-o’-lantern para afastar os maus espíritos”, conta Nadini mostrando que alguns símbolos estão ligados a essas religiões e muitas vezes as pessoas nem sabem.
Ela completa nos contando que o Halloween é um ano novo bruxo por conta do poder que a noite desse dia possui. Mas não é algo para fazer rituais malignos e sim celebrar a vida.
Tanto que o nome Halloween possui sua origem na palavra “Hallow Eve” que significa Véspera de Santo, relacionado ao Dia de Todos os Santos, que a Igreja Católica transformou em algo cristão, mas que as religiões pagãs já cultivavam esse dia em celebração aos mortos.
As fantasias realmente tiveram origem nessa ideia de se esconder dos espíritos malignos nessa noite que eles andavam pela Terra. Mas também possui a influência da própria Igreja, pois os cristão também se vestiam de santos nessa data considerada sagrada e andavam pelas cidades.
Só que apesar desse evento ter sua origem através do paganismo e da bruxaria, é importante saber que essa festa folclórica se tornou uma tradição que não possui relação e ligação com os hábitos reais dos bruxos de hoje em dia.
Quando questionada sobre isso, Fabíola respondeu o seguinte:
“As bruxas da vida real são pessoas comuns. São mulheres que trabalham para pagar as contas, que precisam estudar, fazer faculdade e se esforçar para ter uma profissão. Elas têm amigos, vão ao cinema, balada e fazem maratonas de séries. Elas têm família, filhos e também são donas de casa.
“Por isso é muito provável que você já tenha cruzado algumas vezes com algumas bruxas dentro de um ônibus, em uma exposição cultural, e por elas serem tão comuns, você ao menos percebeu”, concluiu.
E você pode estar se perguntando que ‘como assim as bruxas não são aquelas que andam sempre de preto com pentagrama pendurado no pescoço?’ ou ‘não são aquelas que possuem um estilo de vida mais natural?’.
Mas a Fabíola também respondeu isso com “elas também”.
Então Fabíola nos explica que “A verdade é que as bruxas podem ser o que quiserem, podem vestir o que quiserem, fazer o que quiserem, pois são livres. E por isso mesmo não é possível tentar encaixá-las em um padrão.
“A bruxa é aquela mulher que se harmoniza com os seus próprios ciclos que refletem os ciclos da natureza mesmo nas grandes cidades. A bruxa é aquela que compreende a importância da unidade e rejeita a separação.
“É por isso que a bruxa é aquela mulher que agrega a muitas mulheres que afirmam que já nasceram bruxas, mas a verdade que todos precisam entender é que não se nasce bruxa tornar-se bruxa.
“Bruxaria é um modo de vida é preciso muito conhecimento, muito esforço pessoal e prática para ser uma bruxa, bruxa, entende? É um ofício, assim como a medicina ou engenharia. Ninguém nasce médico ou engenheiro, é preciso muito mais do que o gosto pessoal pela profissão para conseguir o título desse profissional.
“É necessário estudo, dedicação e – o mais importante nesse aspecto – a prática. Afinal, nenhum médico poderá ser chamado de médico se não praticar sua profissão diariamente estudando e se renovando a cada ano.
“A bruxaria é prática! A bruxa precisa praticar a sua magia todos os dias e a magia é o ato de mudar a sua própria realidade conscientemente. Aliás consciência é outra palavra que define uma bruxa, pois ela precisa ter consciência de si mesma e do mundo que a cerca.
“É por isso que ela é livre, pois se você tem consciência, você tem responsabilidade. E aí você vive de acordo com a sua consciência e isso é ser bruxa.”, concluiu.
Então, agora que você já sabe um pouco mais sobre as bruxas na vida real, que tal buscar sua própria conexão com a natureza e as forças do universo? Quem sabe que coisas boas podem aparecem em seu caminho.
Boa sorte com os doces e travessuras!
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