Deusas nórdicas: o que podemos aprender com elas?

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A mitologia nórdica pode não ser tão conhecida no Brasil, mas suas divindades femininas merecem ser estudadas e nos servir de orientação e inspiração. Você conhece as deusas nórdicas?

Desde a sabedoria de Freya, a deusa nórdica da beleza, até a importância do ciclo morte/vida representado por Hela, deusa nórdica da morte e do submundo, todas elas tem algo a nos ensinar. Conheça a seguir as principais deusas nórdicas e suas histórias.

Frigg – rainha de Asgard e deusa nórdica da fertilidade

A primeira das deusas nórdicas que vamos apresentar é a Frigg, que em nórdico antigo, significa “amada”. Ela é a rainha de Asgard, casada com o deus Odin, o pai de todos, e mãe de dois filhos, Balder e Hod. Frigg é uma deusa feiticeira, associada à fertilidade, à maternidade e também ao casamento.

Também chamada de deusa Frigga, Frigg também possui o dom da profecia, apesar de nunca revelar o que vê para o futuro. Ela é a única, além de Odin, que tem permissão para se sentar em seu assento alto e observar o universo. Antigamente, as mulheres costumavam ir aos pântanos ou terras alagadas para adorar a deusa Frigg.

A palavra Friday (sexta-feira em inglês) se originou de Frigg. Este seria um dia dedicado a ela, sendo então Frigg’s day, o dia de Frigg

Freya – Entre as deusas nórdicas a deusa do amor

O nome de Freya também possui diferentes grafias: Freya, Freija, Frejya, Freyia, Fröja, Frøya, Frøjya, Freia, Freja, Frua e Freiya – ufa! Mas todos eles têm o mesmo significado, “senhora”. Freya é a deusa do amor na mitologia nórdica, relacionada também à beleza, ao sexo e à luxúria.

Freya é incrivelmente bela e tem muitos admiradores, não apenas entre deuses e deusas, mas também entre os outros seres mágicos. Essa deusa também está bastante ligada ao que há de mais precioso: Freya ama jóias e, quando chora, suas lágrimas se transformam em âmbar ou ouro.

Detentora de características e qualidades únicas, Freya é um das deusas nórdicas que é a representante da força, sabedoria e beleza feminina. Diante de sua sensibilidade e fertilidade, também é conhecida como a deusa do sexo, atributo relacionado também à Afrodite, mas, com um temperamento mais forte e guerreiro que a Deusa Grega.

Por ser a líder das Valquírias, responsáveis por recolher os corpos de bravos guerreiros nos campos de batalha, Freya é considerada a deusa das guerras e possui o dom de conduzir a alma daqueles que morrem em combate.

Foi a deusa Freya quem descobriu como poderiam ser criadas as Runas. Ela usou de seu conhecimento e sabedoria para influenciar o destino de Odin, que sacrificou-se por nove dias na Árvore da Vida e depois doou um dos seus olhos para a geração deste Oráculo.

Segundo uma lenda, apenas as seguidoras fiéis de Freya conseguiam decifrar as Runas, logo no início do Oráculo. Por isso, costumam dizer que, entre as Runas existe uma corrente energética de Freya, que representa a criação e a fertilidade..

Se você tem curiosidade em saber mais sobre as runas, confira o vídeo abaixo no canal do Astrocentro no YouTube:

Idun – deusa nórdica da juventude

A deusa Idun é retratada como uma bela mulher de longos cabelos dourados. Ela é a deusa da eterna juventude e da primavera. Ela protege o pomar sagrado onde são cultivadas as chamadas “maçãs da juventude”, que mantêm os deuses nórdicos belos e jovens para sempre. Idun também é conhecida como Iduna, e é casada com Bragi, o deus nórdico da poesia e da música.

De acordo com os escritos antigos, a deusa Idun não possuía um culto regular, mas o povo nórdico buscava sua bênção para os mais novos, ou para que a vitalidade da juventude permanecesse por mais tempo consigo. Além disso, podem ser feitos rituais para a deusa Idun pedindo renovação nos caminhos da vida.

Uma tradição comum nos tempos antigos entre os povos escandinavos era enterrar os mortos cercados de maçãs para que eles pudessem renascer, em referência às maçãs da juventude de Idun.

Hel – deusa nórdica do submundo

Hel é a deusa do Reino dos Mortos entre as deusas nórdicas. Ela é filha de Loki e foi banida por Odin para o submundo, que recebeu seu nome: Helheim, que vai dar origem à palavra “hell”, “inferno” em inglês. A deusa é representada com o corpo metade uma linda mulher, metade em decomposição.

Mesmo assim, a deusa Hel não é má. A deusa nórdica é conhecida por ser justa: quando os espíritos das pessoas boas, dos doentes e dos idosos eram trazidos à sua presença, ela cuidava deles e lhes dava conforto. Mas àqueles a quem ela julgava como maus, impiedosamente os arremessava nas profundezas geladas do submundo.

Hel também é a receptora e guardiã dos segredos do além da vida. Ela nos lembra da importância dos ciclos de vida e morte para que o mundo possa ser renovado. Tudo precisa morrer para germinar novamente.

Ostara – a deusa da primavera

Presente não apenas na mitologia nórdica, mas também nos mitos anglo-saxões e germânicos, a deusa Ostara está ligada ao início da primavera; as festividades realizadas no equinócio que marca a chegada da estação das flores e da fertilidade são em sua homenagem.

As histórias sobre a deusa Ostara começaram na Alemanha, onde foi dito que ela trouxe renascimento, renovação e fertilidade para a terra durante o mês de abril. De acordo com a lenda, ela foi responsável por despertar a criatividade e inspirar o surgimento de uma vida nova.


Ostara também é conhecida como Eostre, palavra que dá origem à “Easter”, “Páscoa” em inglês. O coelho e os ovos são seus principais símbolos, por representarem a fertilidade e o renascimento.

Outras deusas nórdicas

Eir: na mitologia nórdica, Eir é uma deusa associada à cura e competências medicinais. Escritos antigos não deixam claro se Eir era uma deusa ou se, além disso, era uma valquíria. 

Elle ou Elli: a deusa anciã que, apesar da aparência de uma velha, derrotou Thor. Representa a sabedoria da maioridade e é protetora dos idosos.

Fulla: é a deusa da agricultura e da fertilidade. Também é conhecida como deusa Volla.

Gefjon ou Gefyon/Gefion: deusa protetora das mulheres solteiras, Gefjon também está ligada à agricultura e ao preparo das terras.

Nanna: deusa nórdica da alegria e paz. O nome dela é uma palavra norueguesa antiga para designar “mulher” ou “mãe”.

Nott: é a deusa da noite, considerada a própria personificação da escuridão. Diz a lenda que Nott percorria os céus em seu cavalo negro, o Crina de Gelo. Quando ele espumava pela boca ou sacudia sua crina gelada, formava-se o orvalho e a geada.

Perchata ou Percht: é a deusa nórdica da caça e do trabalho. Não tolera a preguiça e a incentiva a perseguir seus objetivos com determinação.

Ran: a deusa do mar da Escandinávia, que às vezes pode ter a aparência de uma sereia. Ran representa o aspecto selvagem do mar. Os marinheiros fazem oferendas a elas para que Ran apazigue as ondas e permita que tenham uma viagem segura.

Skadi: ela rege o inverno e as montanhas. É a deusa nórdica da força e da coragem. As lendas antigas dizem que ela caça esquiando pelas encostas das montanhas nevadas – Skadi ama os desafios e os aceita com valentia.

Você se identifica com alguma dessas deusas nórdicas? Todas temos um pouco de cada uma delas, o que nos faz mulheres complexas e completas!

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