Quem é Exu no Candomblé? Conheça agora o Orixá mais humano

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Considerado uma das figuras mais importantes da cultura Iorubá, sem a divindade Exu, nada faria sentido. Isso porque é através desse Orixá que se pode ter contato com todos os outros. O Exu no Candomblé possui uma grande função, é ele que fala todas as línguas e por isso é capaz de fornecer o melhor da comunicação entre ser humano e Orixá. Entenda melhor a relação dessa divindade com essa religião tão popular no Brasil.

Desvendando Exu no Candomblé

Também chamado de Esu, Eshu, Bará, Ibarabo, Legbá, Elegbara, Eleggua, Akésan, Igèlù, Yangí, Ònan, Lállú, Tiriri, Ijèlú… O Exu é um Orixá do panteão africano, sem o qual nenhuma comunicação seria feita com o mundo espiritual. Por isso, dizem que sem Exu no Candomblé, não haveria proteção nos terreiros e nem sobre seus filhos.

Considerado como dono e guardião do mercado, acaba merecendo toda a reverência dos comerciantes. É comum vermos as vendedoras de acarajé sempre oferecendo a Exu seu primeiro bolinho ao atirá-lo na rua. Isso pode ajudá-las a vender bastante e evitar perturbações.

As lendas mostram que Exu no Candomblé não tem amigos e inimigos, apenas protege os que lhe agradam e sabem retribuir seus favores. Ainda que sua a região exata de sua origem na África seja desconhecida, é de conhecimento geral que ele foi rei de Hêtu,

Ele renasceu várias vezes e é filho de Orunmilá ou de Oxum, dependendo do momento de seu renascimento. Não é à toa que em vários reinos se preste culto à primeira forma dotada de existência individual.

Os filhos de Exu no Candomblé

A figura desse Orixá ainda é um mistério. Pouco se sabe sobre a característica desse Orixá, porém a dos seus filhos é possível analisar. São alegres, extrovertidos e espertos, sempre de bem com a vida e sociáveis. Possuem boa capacidade de comunicação e a certeza de que tudo vai mudar a seu favor, além de uma grande facilidade para fugir de confusões.

Com todas essas características é possível que você se identifique como um filho e Exu no Candomblé. Porém se isso não aconteceu, não se preocupe! Existem outros Orixás que podem ter maior afinidade contigo e basta você conhecê-los melhor para saber qual o seu guia espiritual.

Exu no Candomblé e as contradições humanas

Exu é o Orixá da comunicação, paciência, da ordem a da disciplina, guardião das aldeias, cidades, casas e do axé. É conhecido como a divindade mais humana dentre os outros Orixás. Isso se deve ao fato de lembrar suas principais características e atitudes de nossa raça.

Seu principal ponto de atuação são as encruzilhadas e estradas, mas atua em todos os lugares, o tempo todo. A força de Exu no Candomblé é representada pelo falo, uma madeira, bem como os metais geralmente confeccionados como tridente, representado a ligação de Exu com o céu e a terra. Objetos de defesa, pontiagudos e cortantes, também são representantes da força deste Orixá.

Exu distribui fertilidade, fartura e prosperidade nos negócios. Quando agradado, sabe retribuir em dobro as oferendas, mas quando esquecido, pode se tornar o pior inimigo e trazer má sorte a quem o ignorou, fechando seus caminhos.

Suas cores são o vermelho e o preto, seu dia de maior força é a segunda-feira. Aprecia pimenta e dendê, seus pratos são quentes e acompanhados de carne ou sangue animal. Mas ele come de tudo, por isso também é conhecido como a boca do mundo. Saudação “Laroiê Exu!” ou “Exu Mojubá”.

O desconhecimento sobre Exu no Candomblé

Diferentemente das religiões monoteístas, o Candomblé não é adepto a maniqueísmos entre o bem e o mal. Talvez por isso haja uma série de confusões e conceitos controversos quanto às origens e atuação de Exu nessa religião.

Dentre os piores equívocos, está o que associa Exu ao diabo cristão. Tratam-no como se ele fosse um deus voltado à maldade e perversidade, com a intenção de semear discórdia e conflitos entre seres humanos.

Ainda que este Orixá possua em sai as contradições inerentes ao comportamento humano, ele não é totalmente mau, tampouco totalmente bom. Existe comportamento mais humano que esse?

Exu no Candomblé é capaz de amar e odiar em questão de instantes. Pode unir e separar, promover a paz e a guerra como todos os seres humanos o fazem há séculos de existência.

Portanto, cultuar, agradar e agradecer Exu é necessário para que ele retribua diariamente com fartura e prosperidade, sem contratempos. Só assim, ele vai se manifestar no amor, na boa sorte e nas riquezas. Sem maniqueísmos.

Agora que você já sabe mais sobre Exu no Candomblé, aproveite e veja também:

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