Você conhece os filhos de Xangô? É fácil percebê-los quando você os conhece. Basta analisar suas principais características: força e autoestima elevada. Porém a personalidade desses fiéis tem muitos detalhes e se você deseja conhecer melhor os descendentes do Orixá mais popular do Brasil, precisa prestar muita atenção! Veja abaixo:
Como são os filhos de Xangô?
Os filhos de Xangô normalmente são muito fortes, com uma quantidade de gordura corporal em geral mais alta, com uma constituição e estrutura óssea suportando o físico avantajado. Além deles, há os que são mais magros com muita elegância.
Eles costumam possuir autoestima elevada e energia muito positiva. São respeitados e conscientes dessa característica e têm opinião forte. Possuem porte de reis e rainhas, mostrando os motivos pelos quais são filhos do Orixá que se porta assim. Costumam andar em grandes grupos, mas nutrem uma solidão positiva, mesmo quase sempre rodeados de muitas pessoas.
Os filhos de Xangô são incapazes de cometer injustiças de forma voluntária. Há certo egoísmo em seus comportamentos, mas nada demais. São rígidos com relação ao gasto de dinheiro. Amam o poder, o conhecimento e sua vaidade, que lhes faz conseguirem destaque em meio à comunidade em que vivem.
A vida amorosa dos filhos de Xangô
No lado amoroso, possuem muito vigor. O grande problema de quem tem um relacionamento com filhos de Xangô é saber que a concorrência será constante. Afinal, eles estão cercados de amigos e pessoas interessadas em seus atributos amorosos por todo o tempo.
Um filho de Xangô possui obstinação que lhe faz estrategicamente atingir todos os objetivos. Ele terá muita determinação para chegar àquilo que quer e quem decide estar ao seu lado vai ter de entender toda a sua ambição e ganância.
Outra característica marcante nos filhos de Xangô é o medo de ser esquecido. Um filho de Xangô sempre pede por mais atenção e ai de quem não entenda seu papel ou esqueça de fazer contato…
Mas quem é Xangô?
Um dos Orixás mais populares no Brasil, Xangô preza pela justiça e pelo fogo. Também conhecido como Sangó, tem o charme e a sensualidade como algumas de suas características. Tanto é por isso que teve três esposas: Iansã, Oxum e Obá.
Ainda que tenha fama por sua ação repressiva e autoritária, o discernimento do bem e do mal está em sua personalidade. Nela, o sentimento de derrota é algo que não existe.
Suas principais armas são os raios e trovões. É com eles que envia castigo para quem age de forma contrária a seus princípios de justiça. As grandes cargas elétricas e o poder do fogo são seu castigo aos injustos.
O poder é seu prazer. Por ele, Xangô nasce e morre. Xangô manda nos poderosos, manda em seu reino e nos reinos vizinhos. Xangô é o rei dos reis. Ainda que não haja uma hierarquia entre os Orixás, Xangô é o rei dos Orixás. Com exceção de Oxalá, o patriarca do Candomblé e Orixá mais velho dentre todos, nenhum deles possui mais axé que o outro.
Ainda assim, se for necessário falar de um único Orixá como o todo-poderoso, certamente este será Xangô. Ele não aceita contestação e todos reconhecem seu poder. O trono de Oyó é seu por direito, pois seu pai foi o fundador da cidade.
A história de Xangô
Xangô soube inspirar responsabilidade a seus súditos e sempre tomou as decisões mais sábias e inteligentes, até por ter um senso de justiça bem apurado. Ele é viril e potente, violento e justiceiro, castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores.
No jogo de búzios, Xangô é identificado pelos odús Obará e Ejilaxebora. Foi Xangô quem criou o culto de Egungun e ele é o único Orixá que exerce poder sobre os mortos. Quando manifestado no Candomblé, não pode falar em sua roupa algo como saias curtas de cores variadas e fortes, representando as vestes dos Eguns. Sua cor favorita é o vermelho.
E se Oxóssi é o rei da nação de Queto, Xangô é o rei de todo o povo Ioruba. Sua autoridade vem do fato de ter sido um grande rei que uniu um povo e criou o culto de Egungum.
O nome das pedras de raio lançadas por Xangô são os Edun Ará. Segundo a tradição, elas são profundamente enterradas no local onde o solo foi atingido e colocadas sobre um pilão de madeira esculpido, o odô. Este é consagrado a Xangô, já que as pedras são emanações do orixá e emanam seu axé e poder. Nos rituais, o sangue dos animais sacrificados é derramado sobre essas os Edun Ará para dar força e potência.
A Xangô também é oferecido o Amalá uma iguaria feita de com farinha de inhame regada com um molho feito com quiabos e rabada bovina. Não se pode oferecer a Xangô feijões brancos. Seu emblema é um duplo machado, conhecido como Oxê. Seus iniciados o seguram na mão quando estão em transe, bem como um chocalho de nome Xeré, feito de uma cabeça alongada, contendo pequenos grãos, sacudido em honra a Xangô.
As cores preferidas de Xangô são o branco, marrom e vermelho. O dia preferencial para suas oferendas é a quarta-feira, dia de maior vibração de Xangô.
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