Cada religião e cultura tem suas próprias crenças sobre tudo: os valores que devem reger nossas atitudes e pensamentos, os perigos e desafios que podem nos impedir de agir da melhor forma, o que acontece depois que morremos.
Quando o assunto é o fim do mundo, não poderia ser diferente: cada religião tem sua própria visão, seja uma destruição total do mundo, ou apenas uma forma de renovação.
Descubra como algumas religiões e culturas, desde os Hindus até os Nórdicos, enxergam o fim dos tempos!
Para o Zoroastrismo, ou Mazdeísmo, religião fundada pelo persa Zaratrusta, há apenas um deus, chamado Ahura Mazda, criador e representante de tudo aquilo que é bom, em luta constante contra Ahriman, figura demoníaca que rege o mal e as trevas. Uma das primeiras religiões monoteístas, acredita-se que o Zoroastrismo tenha influenciado outras religiões, como islamismo, judaísmo e cristianismo.
Na visão mazdeísta do fim do mundo, o deus Ahura enviará o profeta Shaosyant à Terra, responsável por ressuscitar todos os mortos. Logo após, um “anjo de fogo”, o cometa Gochihr, colidirá contra o planeta, criando rios de fogo, nos quais os vivos e os mortos deverão andar descalços: aqueles de bom coração e que acreditam na religião não sofrerão, mas os pecadores e incrédulos serão queimados e purificados.
Dessa forma, tanto o mal quanto Ahriman serão derrotados por Ahura, e o mundo será reconstruído, tornando-se em um ambiente de paz e harmonia, um paraíso.
Para entender como os hindus acreditam que o fim do mundo irá acontecer, é preciso primeiro ter em mente que, para eles, o conceito do tempo é cíclico, e não linear como religiões ocidentais: há um começo e um fim, mas também um recomeço. Dessa forma, a criação, a existência e a destruição aconteciam repetidamente.
Na crença hindu, cada dia na vida do deus Brahma, criador do Universo, é composto por
“Yugas”, eras ou fases pelas quais o mundo atravessa. Ao fim de cada Yuga, a humanidade vai perdendo sua virtude e se torna cada vez mais imoral e ignorante.
Para o Hinduísmo, estamos vivendo no período chamado Kali Yuga, a era do demônio Kali, e o último Yuga do ciclo do universo. É uma era conhecida como a Era do Ferro e das Trevas, repleta de maldade, violência e sofrimentos, como fome, epidemias e desastres.
Ao final do Kali Yuga, o décimo avatar do deus Vishnu, Kalki, volta à Terra para cumprir seu papel de protetor do Universo. Montado em um cavalo branco e segurando uma espada flamejante, Kalki enfrentará e destruirá o demônio Kali e todos aqueles de má índole, restaurando a ordem do universo e dando início a um novo Satya Yuga, a Era de Ouro, primeira era do ciclo do Universo.
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Assim como no Kardecismo, a crença judaica não admite um apocalipse cinematográfico, mas como uma passagem de um estado caótico para um mundo pacífico.
Os judeus aguardam a vinda do Messias, responsável por libertar esse povo e trazer paz eterna à Terra. Na crença judaica, como Deus criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo, assim ocorrerá na Terra: ela passará por seis milênios e finalmente, o sétimo milênio será a Era Messiânica. Para os judeus ortodoxos, a volta do Messias deve ocorrer no ano 6 mil do calendário judaico, por volta do ano 2240 no calendário gregoriano, utilizado em grande parte do mundo atualmente.
Apesar da crença de que não haverá uma destruição total do mundo, não significa que catástrofes e tragédias não acontecerão: o Talmud, conjunto de livros sagrados, prevê conflitos familiares e guerras entre nações antes da chegada do Messias. Com sua chegada, após milênios de sofrimento, o mundo finalmente atingirá a paz e a perfeição, e a população entenderá que viver em harmonia, justiça e união é melhor do que estar em guerra.
Na visão cristã, o fim do mundo é mais trágico do que o que vimos até então. No livro do Apocalipse, o apóstolo João registra as revelações que recebeu por meio de Jesus Cristo. É importante notar que o livro foi escrito numa época na qual o Império Romano perseguia cruelmente a comunidade judaico-cristã, então além de descrever o contexto político-social vivido na época, João também trazia a promessa da vitória do bem e da derrota daqueles que detinham o poder na época.
O apocalipse cristão tem início com a chegada do Anticristo, que deverá governar o mundo durante mil anos. O livro cita quatro séries de sete sinais: sete cartas, representando as igrejas que receberam o livro originalmente; sete selos, que irão antecipar tragédias ou acontecimentos cósmicos e abrirão caminho para sete trombetas, tocadas por sete anjos.
A abertura de cada um dos primeiros sete selos será acompanhada por cada um dos Quatro Cavaleiros do Apocalipse: o Cavalo Branco, representando a conquista mundial, e às vezes representado pelo Anticristo; o Cavalo Vermelho, trazendo guerras e conflitos; o Cavalo Preto, trazendo fome e escassez e, por fim, o Cavalo Amarelo, trazendo a Morte.
O sétimo anjo é responsável por anunciar o juízo final: após a abertura dos céus e a batalha e vitória dos anjos contra a fera, Deus julgará a todos e aqueles que tenham sido bons e justos, irão habitar o paraíso perfeito.
No Espiritismo Kardecista, há diferentes mundos habitados por espíritos em diferentes estágios de evolução: enquanto há planetas habitados por seres muito evoluídos, a Terra é considerada um mundo de expiação e provas, para o qual viemos para aprender e evoluir.
Nesse sentido, o Kardecismo enxerga o fim do mundo não como a extinção da vida, mas como a transformação do um ambiente de sofrimento e aprendizado, para um planeta de regeneração.
Segundo os espíritos, a Terra já está passando pela transição, processo que exige eventos drásticos e até mesmo violentos, como guerras e conflitos. No entanto, não será tão apocalíptico quanto costumamos ver em filmes e livros, mas sim, uma mudança de energia e vibração que depende de cada um de nós. Nessa visão do “fim do mundo”, os espíritos que não evoluíram irão para outros planos, enquanto aqueles que aprenderam e evoluíram o suficiente habitarão a Terra.
Para a Mitologia Nórdica, o fim dos tempos é chamado de Ragnarök, o Crepúsculo dos Deuses. Nessa crença, os deuses eram mortais e imperfeitos, vulneráveis às leis naturais que regem tudo e todos na criação. Apesar de ser repleto de destruição, violência e caos, o fim dos tempos contado a partir do ponto de vista nórdico é um prenúncio de um novo começo.
O fim do mundo da Mitologia Nórdica começa com um inverno de três anos causado pela morte do deus Balder; durante esse período, o mundo se transformou em um lugar repleto de conflitos e ódio, além de sofrer com desastres naturais.
Uma série de ataques de monstros desestabilizaram a ordem e a paz: o Sol e a Lua foram devorados pelos lobos Skoll e Hati; a serpente Jormungand causou tempestades, maremotos e dilúvios; Loki e os lobos Fenrir e Garm conseguem se libertar da prisão onde estavam presos; o dragão Nidhogg roe as raízes de Yggdrasil, a Árvore da Vida, levando caos aos nove mundos.
Ao aviso de Heimdall, deus guardião da ponte Bifrost, todos os deuses se unem para enfrentar seus inimigos: gigantes de fogo, monstros e o deus Loki. Mesmo sabendo que a morte era inevitável, todos os deuses lutaram com determinação e coragem. O gigante de fogo Surt atacou Yggdrasil com sua espada flamejante, que destruiu todos os mundos em chamas, levando tudo de volta ao caos; a Terra, destruída, afundou no mar.
Apesar da destruição total, há a crença na regeneração e no recomeço: a Terra, depois de um tempo, renasce do oceano e um novo sol surge nos céus. O mundo é repovoado por um casal que sobreviveu ao caos do Ragnarök e deuses descendentes daqueles que caíram durante o Crepúsculo são cultuados.
Qualquer que seja com a crença mais próxima da realidade de como o fim do mundo realmente será, o importante é a forma que agimos e nos relacionamos no aqui e no agora. Se você precisa de uma orientação ou esclarecimento sobre qualquer área da sua vida, seja espiritual ou amorosa, consulte um dos especialistas do Astrocentro!
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