Os rituais de homenagem à Iemanjá são uma tradição daqueles que creem nesta divindade africana. Seu nome significa “mãe cujos filhos são como peixes”. Mas qual o motivo de homenagear esta mulher que é considerada a padroeira dos pescadores?
Em 2023, o Dia de Iemanjá cai em uma quinta-feira, dia especial para quem quer homenageá-la e honrar suas origens. Confira!
A orixá Iemanjá recebe diferentes nomes, que vão ao encontro das crenças e dos costumes de um povo. Seu dia, marcado no calendário oficial em 2 de fevereiro, é comemorado em todas as regiões do país.
Porém, os umbandistas também reverenciam esta deusa nos dias 15 de agosto, 8 de dezembro e 31 de dezembro, de acordo com um calendário específico. Está entendendo sobre a homenagem à Iemanjá? Então, aprenda mais.
A rainha do mar, deusa das religiões como a Umbanda e o Candomblé, é reverenciada por todos que creem no seu poder e na sua proteção. Ao homenagearem a sereia do mar, os devotos levam seus presentes até as águas, a fim de agradá-la diante de diversas oferendas.
Iemanjá é cultuada e respeitada por todos os Orixás, representando a fecundidade, elegância, família, educação e criação. É a força da natureza, que rege o mundo e os lares de um povo que visa a sua proteção.
Filha de Olokum, Iemanjá era casada com Olofim-Odudua e com ele teve dez filhos Orixás.
Por amamentar as crianças, seus seios ficaram enormes, fazendo com que mal conseguisse visitar outros reinos. Esgotada e sentindo-se muito carente por morar em Ifé, ela saiu em direção ao oeste e conheceu o rei Okerê.
Logo se apaixonou e casaram-se. Com muita vergonha do tamanho dos seus seios, Iemanjá pediu ao esposo que nunca a ridicularizar por isso. Ele concordou; porém, um dia, embriagou-se e começou a fazer ofensas e deboches sobre os enormes seios da esposa. Entristecida, Iemanjá fugiu.
Desde menina, ela carregava consigo uma poção que a mãe lhe dera para beber em casos extremos. Okerê pediu desculpas, mas Iemanjá ao correr deixou cair a garrafa. A poção transformou-a num rio cujo leito seguiu em direção ao mar. Okerê, arrependido, transformou-se numa montanha para barrar o curso das águas.
Iemanjá pediu ajuda ao seu filho Xangô e com um raio, partiu a montanha ao meio. Assim, o rio seguiu para o oceano e, dessa forma, Iemanjá tornou-se a rainha do mar. Iemanjá é a deusa da nação de Egbé, nação está Iorubá onde existe o rio Yemojá (Yemanjá). Conseguiu acompanhar a história para fazer a homenagem à Iemanjá? Ótimo! Confira agora outros símbolos.
As diferentes nações cultuam a deusa do mar, porém muitas vezes sua simbologia muda. Vamos conhecer algumas dessas simbologias para conseguir fazer homenagem à Iemanjá de melhor forma?
Iemanjá Asagba ou Sobá – Ligada a Airá, lufã e Orunmilá, é responsável por fiar algodão. Usa corrente de prata no tornozelo e carrega consigo um Abebé. Sua energia está ligada à espuma branca do mar e dos rios e é vista sempre vestindo branco e prata.
Iemanjá Akurá – Vive nas espumas do mar, aparece vestida com lodo do mar e coberta de algas marinhas. Muito rica e pouco vaidosa. Adora carneiro e possui forte ligação com Nanã.
Iemanjá Iyá Odo – Para alguns é a considerada mãe de Oxun. Vive às margens de todos os rios, representando o Ajubó ancestral. Além disso, é ligada ao Orixá Oxalufan.
Iemanjá Iya Awoyò – A mais velha das Orixás, possui ligação com Oxalá, Oxumarê e Xangô. Sempre vista vestindo branco perolado e cristal é responsável pelas marés.
Iemanjá Malèlèo ou Maylewo -Vive nos grandes lagos e é considerada muito tímida. Diz a lenda que não se pode tocar no rosto do Iyawò, veste verde claro e branco prateado.
Iemanjá Iyá Ógunté – Mãe do rio Ógun, é considerada uma grande guerreira. Usando uma espada e carregando um Abebé, tem ligação com Ogum e Oxaguian. Veste sempre azul claro e branco perolado.
Iemanjá Sessu, Iyasessu – Unida a Babá e Olokun é conhecida por ser voluntariosa e respeitável. Vive nas águas agitadas da costa e está sempre vestida de verde e branco.
Iemanjá Olossá ou Oloxá – Sua ligação a com Oxum e Nanã é a mais velha da terra de Egbado. Vestindo verde-claro e com suas contas branco cristal, está Orixá não possui iniciados no Brasil.
Iemanjá Iya Massê – Mãe de xangô.
Apesar de seus diferentes nomes, encanta quem a conhece, por isso, nos dias específicos para fazer a homenagem à Iemanjá que arrastam multidões para perto do mar. Por isso, “ Ela mora no mar, ela brinca na areia, no balanço das ondas a paz ela semeia”.
Agora que você já sabe um pouco mais sobre a homenagem à Iemanjá, veja também:
ERRATA: Sim, nós também somos humanas e erramos. Mas a melhor parte é reconhecer, corrigir e evoluir.
Yemoja não é considerada uma Afrodite pelo povo africano, ela é uma mãe, uma matrona, com águas férteis que matam a sede. Também não tem relação com vaidade e sim com elegância, bons cuidados, lugares limpos, então em nada Afrodite nos representa. Yemoja é ligada a família, a educação e criação de pessoas. E não só na Umbanda e Candomblé, tão como no Yorubá Tradicional, de onde ela se origina.
Palavras da nossa querida e cuidadosa Sacerdotisa IYá Tolomi, que nos alertou sobre o erro que nossa redatora cometeu ao comparar Iemanjá a Afrodite. Caso queira conversar com ela, basta clicar neste link e deixar os Orixás te guiarem!
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