Orixá dos fenômenos climáticos, Iansã também é conhecida na Umbanda e no Candomblé como Oyá. A Orixá representa a força dos ventos e o poder da natureza, mostrando sua energia quando a chuva cai dos céus e quando a ventania atravessa os ares. Com garra e independência como principais características, é Iansã quem representa a força feminina. Seu nome representa a expressão “A mãe do entardecer” e na tradição cristã e católica, o sincretismo religioso da Orixá se relaciona com Santa Bárbara.
Sobre a poderosa Orixá Iansã
Iansã representa o arquétipo perfeito da mulher guerreira, aquela que não tem medo de ir à batalha e de se arriscar. Ela muda seu caminho, se julgar necessário, vai à luta e segue como uma figura feminina independente. Aqueles que procuram a ajuda da Orixá encontraram energias de garra e coragem para vender e alcançar os objetivos almejados.
O fato de ser uma guerreira a diferencia das características das demais Orixás. Sua garra e força para acompanhar as batalhas mostra que ela não nasceu para ficar em casa cuidando do lar. Ela é uma mulher que vai à luta e não tem medo de julgamentos.
Apesar de se apaixonar com frequência e se entregar completamente ao amor quando o encontra, a Orixá é bastante fiel aos seus relacionamentos. As histórias da Umbanda contam que sua grande paixão foi Xangô. Inclusive, foi o Orixá da justiça quem escolheu que ela recebesse o nome de Iansã.
Características dos filhos de Iansã
Os filhos da Orixá carregam as principais características da guerreira em seus comportamentos. São pessoas livres, que amam a natureza e adoram viajar. São extrovertidos e gostam de se divertir com os amigos. Geralmente, são autoritários, mas poderosos. Não aceitam ser desafiados e intimidam seus inimigos com o dom da fala.
As principais cores relacionadas à Iansã são amarelo e vermelho, presentes em suas vestimentas. As homenagens feitas à Orixá se concentram no dia 4 de dezembro, mesma data dedicada a Santa Bárbara, e na quinta-feira. Sua saudação é “Eparrei Iansã!”.
A história de Santa Bárbara
Santa Bárbara, com quem Iansã se relaciona, é conhecida no catolicismo pelo ciúme descontrolado que seu pai, Dióscoro, tinha por ela. De acordo com a história contada pela Igreja Católica, ele era um homem que não aceitava que sua filha única vivesse no meio da sociedade daquele tempo que ele considerava como corrupta.
Por conta disso, Dióscoro decidiu fechar sua filha Bárbara em uma torre. Isolada de todos, a garota recebia os ensinamentos de tutores em que seu pai confiava. Para ela, aquela situação era como um castigo. Porém, com o tempo, a situação passou a ser vista por Bárbara de outra forma.
Lá no alto, a jovem passou a contemplar a natureza e perceber os fenômenos naturais, como as estações do ano, a chuva, o sol, o frio, o calor, os animais e tudo aquilo que compõe o meio ambiente. Esses fatores fizeram com que Bárbara passasse a questionar se tudo aquilo era realmente uma criação de “deuses”, como seus tutores a ensinaram, ou se no fundo existia alguém mais poderoso por trás da criação do mundo.
Com o avançar da idade, Bárbara começou a frequentar a cidade e conhecer o cristianismo, onde se identificou e encontrou respostas para suas inquietações. Foi ali que começou a questionar seu pai e, um dia, em sua cerimônia de batismo, ela fugiu de Dióscoro. Descoberta e denunciada por um pastor, a jovem foi capturada pelo pai e levada até ao tribunal completamente nua. Nesse momento, um milagre aconteceu. Bárbara foi milagrosamente vestida com um suntuoso manto.
Porém, ela acabou sendo morta pelo pai que degolou a cabeça da filha. Quando a cabeça de Santa Bárbara rolou pelo chão, um grande trovão foi ouvido pelo povo e um raio atingiu o corpo de Dióscoro, que caiu no chão sem vida. Acredita-se que a natureza se revoltou contra o pai e se vingou de morte da Santa.
Iansã e o sincretismo com Santa Bárbara
Após esse acontecimento, Santa Bárbara passou a ser conhecida como “protetora contra relâmpagos e tempestades”. Seria essa a principal relação da figura religiosa cristão com a Orixá Iansã, já que ela também é lembrada durante as tempestades. Além disso, por ser a senhora dos raios, a história das duas entidades está relacionada nesse ponto. Por fim, tanto a Orixá quanto a Santa são divindades representadas segurando uma espada.
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