O Orixá Ibeji é representado por dois seres que são as divindades gêmeas da vida. Ele carrega a felicidade em seu coração e enxerga a vida com os olhos da infância. Protetor das crianças, o Orixá simboliza o nascimento e a vida.
Também é conhecido por representar a sobrevivência da continuidade, já que na África os filhos de Ibeji são considerados uma dádiva e fonte de grande alegria, pois eles garantem que a história e a descendência de uma família continuarão. No sincretismo religioso, Ibeji é relacionado a São Cosme e São Damião. Conheça mais sobre esse Orixá poderoso!
Tanto na Umbanda quanto no Candomblé, o Orixá Ibeji é visto como filho da criação de Oxum e, por isso, os rituais dedicados a Oxum são também dedicados ao Ibeji. A principal característica dos gêmeos é o poder de desfazer trabalhos realizados por outros Orixás. E tudo aquilo que eles fizeram, jamais poderá ser desfeito por nenhum outro Orixá.
O Ibeji na Umbanda representa a contradição, a dualidade e os opostos que se complementam. Ele nos faz perceber que todas as coisas, nas suas mais variadas circunstâncias, apresentam dois lados. Para este Orixá, a justiça só acontece se os dois opostos forem pesados, ouvidos e compreendidos.
Acredita-se que as energias do Orixá Ibeji estão nas crianças e que a pureza de seu espírito é capaz de curar. Por isso, os filhos de Ibeji são bastante brincalhões, alegres e serenos. Costumam ser encontrados em jardins, grandes gramados ou parques. Afinal, as características dos filhos de Ibeji mais forte costuma ser infantilidade e agitação, assim como as do pai.
Alegres e joviais, são pessoas impulsivas e inconsequentes, dificilmente refletem antes de realizar uma ação. Gostam de dinâmica e movimento, por isso, não esperam algo acontecer. Eles vão e fazem. Além disso, são muito agitados e adoram brincar, movimentando o mundo à sua volta.
Domingo e segunda-feira são os dias da semana dedicados ao Orixá. Apesar de gostar de tudo muito colorido, as principais cores que se relacionam com o Ibeji são rosa, azul e verde. Sua saudação é “Omi Beijada! Bejiróó! farami sóibeji!”.
Quando relacionado com as figuras da tradição católica, o Orixá é sincretizado com São Cosme e São Damião. Os dois são gêmeos, assim como a entidade africana, e dedicaram suas vidas ao trabalho de curar pessoas por meio da fé e da medicina. Não apenas o fato de serem gêmeos os relaciona, mas também o dom de preservar a vida.
Nascidos na Arábia, Cosme e Damião aprenderam a fé cristã com sua mãe e desde então Jesus passou a ser o ponto central de suas vidas. Quando ficaram mais velhos, escolheram aproximar as pessoas de Cristo por meio do exercício da profissão que optaram: a medicina.
Com amor, caridade e competência, exerciam o papel de médico passando a fé aos pacientes sem cobrar pelo trabalho. Acreditava-se que eles não se importavam com dinheiro, mas, na realidade, eles tinham a consciência de qual era o lugar da moeda em suas vidas. A cura de corpo e alma das pessoas era o que mais importava a eles.
No mesmo período em que trabalhavam com a medicina e os ensinamentos de Jesus, o imperador das terras em que viviam começou uma grande perseguição contra os cristãos. Por conta disso, eles foram presos e acusados de feitiçaria e de espalharem uma religião proibida. Os irmãos foram retirados do seu ambiente de trabalho à força e levados ao tribunal.
Lá, exigiram a eles que renunciasse à fé em Jesus Cristo e mudassem o discurso com os pacientes, falando somente sobre os deuses romanos. Cosme e Damião recusaram a cumprir o pedido e não renunciaram ao Evangelho. Consequentemente, foram condenados à morte por apedrejamento e por flechadas.
A pena foi executada, mas eles não morreram. Então, ordenou-se que eles fossem queimados em praça pública. No entanto, o fogo não os atingiu. Enquanto tudo isso acontecia, eles não paravam de louvar a Deus e rezar para Jesus Cristo. Ao ver a situação, os pacientes que eram atendidos por eles e ainda não tinham se convertido, passaram a acreditar no cristianismo. Então, foi decidido afogar os dois, mas anjos os salvaram. Por fim, morreram ao cortarem a cabeça deles.
Por essa razão, São Cosme e São Damião são considerados até hoje os padroeiros dos médicos, farmacêuticos e das faculdades de medicina. Com homenagens no dia 27 de setembro, têm a história de luta pela vida relacionada com Ibeji.
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