Logun Edé é um Orixá único, isso porque ele é uma divindade versátil, já que carrega em si duas energias diferentes além da sua própria: a de, de Oxum e de Oxóssi.
Ele é o resultado do encantamento desses dois orixás, que se fundaram e se misturaram como mistério da criação. Quer saber mais sobre esse poderoso Orixá? Então, continue por aqui e veja mais da sua história!
A história de Logun Edé
Logun Edé é considerado “Senhor da Pesca” e Orixá dos rios, sendo simultaneamente pescador e caçador.
Esse conhecimento e domínio da natureza foram apreendidos com os pais, já que vive seis meses caçando com o pai Oxóssi e seis meses na água doce com a mãe, Oxum. O que faz da dinâmica entre os dois universos algo versátil e que completa as habilidades e características deste orixá com o melhor de dois mundos.
No sincretismo religioso, ele é equivalente a Santo Expedito e é homenageado no dia 19 de abril por meio do sincretismo e
As características mais populares do Orixá Logun Edé
As características dos pais são muito presentes nas energias do Orixá. Sua alegria e expansão são herança de Oxóssi, assim como a graça e a delicadeza são resquícios de Oxum, que lhe confere os axés da sexualidade, maternidade, prosperidade e pesquisa.
Enquanto isso, seu pai lhe transfere os axés do conhecimento, da caça, da habilidade e da fartura.
No período em que acompanhou Oxóssi nas matas, aprendeu o ofício da caça, sendo bastante ágil com o trabalho.
Nos outros seis meses que passou com a mãe nos rios, as técnicas de pescador foram desenvolvidas ao mesmo tempo em que as características femininas de Oxum foram absorvidas por ele.
Essa forma de viver e de unir o masculino de Oxóssi com o feminino de Oxum pode ser motivo de confusão e fazer crer que o Orixá tem dois sexos. No entanto, Logun Edé é um Orixá do sexo masculino e a sua dualidade acontece apenas em nível comportamental.
As homenagens ao Orixá são feitas nas quintas-feiras, as principais cores que o acompanham são azul-turquesa e amarelo-ouro e a saudação de Logun Edé é a expressão:
“Logun ô akofá!!! Loci Loci Logum!!”.
Sincretismo de Logun Edé com Santo Expedito
Acredita-se que Santo Expedito foi um cristão martirizado no século IV em Melitene, na Armênia.
Pouco se sabe sobre sua vida, sua morte e sepultamento, alguns pesquisadores até questionam se ele realmente existiu ou não se passa de uma lenda religiosa. Criou-se um folclore diante desse mistério de Santo Expedito, fazendo que hoje ele seja motivo de devoção em diversos países, sendo considerado o santo das causas urgentes.
Pelo o que se sabe, Santo Expedito era militar e, ao ser tocado pela graça de Deus, decidiu mudar de vida. Quando isso aconteceu, um corvo apareceu para ele representando o espírito do mal e proferindo sons que significavam “Deixe para amanhã! Não tenha pressa! Adie a sua conversão!”.
Então, o santo esmagou e pisoteou o corvo, recusando-se a adiar fazer aquilo o que acreditava.
Expedito foi morto por ter deixado de lado a carreira militar para seguir Jesus Cristo, tornando-se um mártir da Igreja Católica e sendo reconhecido oficialmente como um santo.
Foi um homem que mostrou bravura diante dos sofrimentos que enfrentou decorrentes da fé. Dessa forma, foi exemplo para a maioria dos soldados que continuaram firmes nas suas convicções de fé. Seu exemplo comoveu os fiéis, fazendo com que fosse o santo das causas urgentes.
Invocado em casos que necessitam de uma solução imediata e em situações urgentes, onde qualquer atraso pode causar enorme prejuízo aos envolvidos, Santo Expedito jamais adia seu trabalho para amanhã. É conhecido por atender no mesmo dia ou até na hora em que sua ajuda é solicitada.
Em contrapartida, como resposta, ele espera que a conversão daquele que pediu ajuda não seja adiada para o dia seguinte.
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As semelhanças entre Logun Edé e Santo Expedito
Não há uma explicação definitiva sobre o motivo do sincretismo entre Santo Expedito e Logun Edé.
No entanto, a justificativa mais comum é aquela que acredita que a relação entre o Orixá e o Santo está no fato de o Santo ser sempre representado segurando dois objetos (uma cruz e um ramo de Palmeira), assim como Logun Éde, que geralmente segura um espelho e um arco e flecha.
Além da semelhança entre ambos carregarem objetos distintos, essa dualidade na escolha da representação do Santo relaciona-se com a dualidade do Orixá, que em determinado momento está com sua mãe e, em outros momentos, passa com seu pai.
Há ainda mais uma característica que relaciona o Orixá da Umbanda com a tradição católica: o fato de Logun Edé completar o triângulo iorubá “pai, mãe e filho”, que se repete na trilogia católica “Pai, Filhos e Espírito Santo”.
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