O que há depois da morte é um mistério e talvez por isso, a humanidade esteja sempre procurando explicações e formulando teorias para tentar imaginar o que há do outro lado, seja por curiosidade, ou até mesmo uma forma de buscar conforto em relação ao desconhecido.
Cada religião tem sua própria crença em relação ao pós-morte e o que significa morrer. Algumas acreditam na reencarnação, ou seja, na volta do espírito em um novo corpo e em uma nova existência; outras, acreditam na ressurreição após um julgamento de suas atitudes em vida.
Confira o que o Budismo, o Espiritismo, o Cristianismo, o Hinduísmo, o Judaísmo e o Islamismo têm a dizer sobre a morte!
Para os budistas, o nascimento e a morte acontecem simultaneamente, a cada momento. De acordo com Buda, o corpo morto não passa de uma carroça quebrada; portanto, devemos abandonar a ideia do corpo físico: ao morrer e renascer, o ser deve deixar para trás aquilo que foi e viveu.
A visão da morte varia de acordo com a vertente do budismo a ser analisada. O budismo tibetano, por exemplo, acredita que o espírito pode voltar ao plano terrestre em outras vidas. Depois de deixar o corpo físico, o espírito passa por 49 etapas de reorganização e regeneração. Após esse período, há o renascimento do espírito, seja na forma humana, animal ou ser inanimado: a forma depende do carma e da conduta na vida anterior.
Para o budismo mahayana, após a morte, o espírito é levado à Terra Pura por aqueles que já morreram; nesse lugar, o espírito se prepara para ir ao plano superior ou voltar à vida.
O número de vezes que o espírito irá morrer e renascer depende apenas de sua capacidade de superar o carma e alcançar a iluminação: para isso, deve sempre praticar o bem, desapegar das coisas materiais e ter pensamentos puros.
O budismo também prega que precisamos nos preparar ao longo de toda a vida para que quando o momento da morte finalmente chegar, estejamos calmos; essa postura seria fundamental para ter uma reencarnação melhor. A filosofia budista também acredita que para que o espírito daquele que acabou de morrer se liberte em paz, não devemos sofrer ou chorar, nos mantendo, assim, equilibrados.
Assim como o Budismo, o Candomblé tem vertentes diferentes e, portanto, as crenças sobre a morte podem variar. Nessa visão, o que acontece após a morte é um reflexo do caráter e das ações de cada indivíduo em vida. Todos têm uma missão a cumprir em terra e, assim que cumprida, o espírito estará pronto para deixar esta existência.
A reencarnação, que tem um propósito evolutivo, é aceita para os praticantes dessa religião; a ideia é que o espírito aprenda com espíritos de luz para que um dia a reencarnação não seja mais necessária. A ajuda desses seres depende das ações de cada um enquanto viviam.
No entanto, o aprendizado e a evolução da alma são contínuos, mesmo em um plano espiritual, no qual o espírito se torna um espírito de luz, assim como aqueles que o ensinaram.
Para a doutrina espírita, a morte, chamada de desencarne, é ocorre apenas no corpo, numa forma de libertação do espírito.
Assim que o espírito deixa o corpo, ele passa por um processo de desligamento do plano físico, deixando de lado tudo aquilo que é ligado ao material para trás; esse processo, no entanto, pode demorar, principalmente para aqueles que não acreditam que na continuidade após a morte. Para alguns espíritos, esse desligamento pode até mesmo não ocorrer.
Não estamos sozinhos durante a passagem do plano físico para o plano espiritual, sendo acompanhados por espíritos de amigos e familiares.
Assim como outras religiões, nossas ações em vida têm consequências no pós-morte: se nossos pensamentos e sentimentos foram positivos, alcançaremos comunidades de luz; se nossa sintonia tiver sido baixa, podemos ir ao umbral por um determinado tempo, onde teremos a oportunidade de desapegar do material e elevar nossos pensamentos.
Após um período de preparo, o espírito tem a oportunidade de retornar ao plano físico quantas vezes forem necessárias para cumprir missões, continuar aprendendo ou “quitar dívidas” adquiridas em vidas passadas.
A principal mensagem é trazida pelo Espiritismo é que sempre temos oportunidades para evoluir, aprender e elevar nossa sintonia, em um processo constante de melhoria. Além disso, a morte não é uma despedida definitiva, pois podemos reencontrar aqueles que amamos em outros planos de existência.
Para o Cristianismo, principalmente para o Catolicismo, a morte é o caminho para viver na eternidade, e vida após a passagem envolve a existência de um Céu, um Inferno e um Purgatório. Assim como outras crenças, o lugar para onde a alma vai após a morte depende das atitudes do indivíduo em vida.
Na concepção Cristã, a morte ocorre apenas uma vez, não havendo reencarnação, mas a ressurreição – ou seja, a volta à vida para uma existência eterna, em comunhão com os outros e com Deus.
Durante o Juízo Final, as ações de cada um são julgadas de acordo com as orientações deixadas por Deus por meio de seu filho, Jesus: se suas atitudes foram pautadas nos conceitos do amor ao próximo, solidariedade e paz, a alma é encaminhada ao Paraíso; se não, a alma é encaminhada ao Inferno.
A existência do Purgatório permite com que almas que não foram salvas ou condenadas passem por um período de purificação.
Uma visão desses lugares é que se tratam de estados de espírito: no céu, a alma está próxima a Deus; o estado de inferno, por outro lado, indica que a alma se distanciou de Deus e não há mais possibilidade de receber Seu amor.
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No Hinduísmo, reina a crença que a morte é apenas do corpo, enquanto a alma parte para outra dimensão de existência. A permanência nessa dimensão, no entanto, não é permanente: a alma precisa reencarnar para cumprir suas missões, além de corrigir os erros de outras vidas – a Lei do Carma, aqui, é a regra.
Dependendo do seu nível espiritual e mental, a alma reencarna em diferentes castas: as almas mais evoluídas retornam à Terra na casta dos brâmanes, a casta mais alta da qual fazem partes os sacerdotes e letrados; em um nível mais baixo é o dos xátrias, a casta dos guerreiros. Os comerciantes nascem no nível logo abaixo, a casta dos vaixás e, por último, os servos em geral, nascem na casta dos sudras.
A ascensão nas castas dependem do crescimento espiritual de cada um e, quando a pessoa atinge o nível mais alto de evolução, não precisa mais passar pelo ciclo de morte e reencarnação.
Há diferentes crenças acerca da morte para o Judaísmo: a Cabala, por exemplo, acredita em reencarnação para cumprir uma nova missão ou acabar uma que tenha ficado pendente. De forma geral, morte é apenas um outro lado da vida, a jornada de “volta para casa”, a qual todos irão fazer um dia.
De acordo com o Judaísmo, a alma se desprende do corpo após a morte em fases: a primeira fase dura do momento do falecimento até o enterro; a segunda, até o 7º dia após o falecimento; a terceira termina depois de 30 dias e a quarta, um ano depois da morte. As fases correspondem aos períodos de luto da família, acompanhando, assim, o caminho do falecido no processo de desprendimento.
A crença judaica diz que assim que o espírito deixa o mundo físico, suas ações em vidas são avaliadas diante de uma corte celestial. Caso suas ações tenham sido boas e de acordo com as leis de Deus, a alma é encaminhada para o Paraíso, onde será envolvida pela presença de Deus.
No entanto, caso o espírito tenha agido mal em vida e ficado afastado de Deus, é encaminhado para uma espécie de inferno que serve como um local de purificação, e não de punição. A alma precisa se desprender das influências que sofreu quando esteve em terra, um processo que pode durar até 12 meses, correspondendo ao período de luto. Após esse ano de purificação, a alma está em paz e finalmente pronta para entrar para o paraíso.
Assim que a humanidade transformar o mundo para melhor, alma e corpo serão reunidos, e todos poderão aproveitar o conhecimento e a paz de Deus.
Na visão islâmica, a vida e a morte estão nas mãos de Deus e só ele sabe quando é o momento para deixar esse plano em direção ao próximo. A vida que temos nesse mundo é apenas uma preparação e um teste para nossa próxima vida, que só é atingida por meio da morte.
Quando a morte se aproxima, aquele que crê na fé islâmica deve se aproximar ainda mais de Deus e, se viveu de acordo com Seus ensinamentos, espera a morte ao invés de temê-la. A vida após a morte, no Islamismo, será melhor ou pior dependendo das atitudes que a alma teve no mundo físico.
Após a morte, o espírito ainda está conectado ao corpo até que os rituais funerários e o enterro terminem. A alma é, então, retirada pelo Anjo da Morte e levada para Barzakh, um mundo paralelo entre o mundo dos vivos e o descanso eterno. Aqueles que foram bons durante a vida não sofrem ao deixar o corpo para trás; no entanto, para aqueles que tiveram má conduta no mundo físico, a retirada é um processo difícil e doloroso.
A alma é então questionada sobre sua fé: caso responda corretamente, é encaminhada ao Paraíso, onde aguardarão o Dia do Juízo Final; os de pouca fé que responderam de forma incorreta são levados a um lugar de fogo, punição e sofrimento até a Grande Ressurreição. Por outro lado, aqueles que morrem pela fé islâmica vão direto ao paraíso.
No Dia do Juízo, o corpo e a alma se juntam e todos os mortos se reúnem na presença de Deus, que irá julgar cada uma das almas de acordo com suas ações e pensamentos em vida. Aqueles com saldo positivo irão para o nível mais alto do Paraíso, enquanto os de saldo negativo são enviados ao inferno. Aqueles que não pertencem a nenhum dos dois aguardam pela misericórdia e pelo perdão de Alá em uma espécie de purgatório.
Quando o assunto é a morte, não importa qual visão seja a certa, as religiões têm uma coisa em comum: precisamos fazer o bem, independentemente de sermos recompensados ou não do outro lado.
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