Obá – Orixá guerreira e senhora das águas doces revoltas

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Orixá guerreira, Obá é conhecida por sua força e por ser a rainha do rio Níger, considerado o principal rio da África Ocidental e o terceiro mais longo de toda a África. Com uma espada e um escudo na mão, ela está sempre pronta para lutar por aquilo que acredita e defende ser o certo. Entenda melhor sobre essa poderosa Orixá a seguir:

A história da origem de Obá

Filha de Oxalá e Iemanjá, Obá é considerada a senhora das águas doces revoltas. Além disso, é reconhecida por atuar na busca pelo equilíbrio e defendendo a justiça. No sincretismo religioso, a Orixá é relacionada com a Santa católica Joana D’Arc.

Como Obá é a senhora das águas revoltas, ela pode ser encontrada em quebras fortes de água doce, quedas d’água e pororocas. A Orixá está sempre acompanhada de Nanã e, juntas, têm o controle sobre as enchentes e o barro. Além disso, é ela quem tem o poder de transformar os alimentos do seu estado cru para o cozido.

A força física por qual a Orixá é conhecida representa o poder feminino na luta. Tanto na Umbanda quanto no Candomblé, ela é um arquétipo feminino que exala vida, força e energia. Essas características a fazem ser temida por todos os outros Orixás. As lendas a respeito dessa figura contam que, desde que a disputa seja honesta, ela consegue derrotar qualquer um.

Sobre Obá – A Orixá guerreira e senhora das águas doces revoltas

Sua ligação com o feminino a aproxima das mulheres e é pela Orixá que elas procuram quando precisam de força e proteção. Obá é reconhecida por ser uma mãe que compreende as dores que suas filhas enfrentam.

A aparência dela não é o que se costuma esperar de uma mulher. Por ter esse estereótipo de batalha, não corresponde aos padrões de feminilidade. Sua beleza vai além do físico. Obá é bonita na maneira em que atua como guerreira e combate as injustiças.

Em sua relação com Xangô, Obá sempre esteve ao lado dele durante as disputas, para contribuir com sua vitória. Como prova de amor a ele, a Orixá cortou sua própria orelha, por isso, sempre aparece com a mão tampando a região ou usando um turbante. O dia da semana dedicado à Orixá é a quarta-feira, as cores que se relacionam com ela são marrom, vermelho e amarelo, e sua saudação é “Obà Siré!”.

Obá e o seu sincretismo com Joana D’Arc

A força da Orixá é motivo para o seu sincretismo com a figura católica. Assim como Obá, Joana D’Arc é reconhecida por ser uma guerreira. Tanto a natureza bélica e quanto os traços masculinizados são características comuns entre ambas. Além disso, as duas entidades são homenageadas no dia 30 de maio.

Joana D’Arc é uma figura polêmica e marcante da tradição católica. De origem francesa, filha de camponeses e muito religiosa, afirmou ter ouvido vozes de santos aos 13 anos de idade. Segundo ela, São Miguel, Santa Catarina e Santa Margarida teriam aparecido e destinado quatro missões a ela.

A história de Joana D’Arc – Entendendo sua comparação com Obá

As missões eram: acabar com o cerco inglês em Orleans, levar o novo rei para ser coroado, expulsar os invasores de Paris e libertar o duque de Orleans. Para isso, a jovem se tornou uma guerreira. Apesar de não ser algo comum mulheres guerrearem, Joana D’Arc não mediu esforços para cumprir suas missões.

A menina se vestiu como os soldados e lutou ao lado dos franceses contra a dominação inglesa. Ela era conhecida por conseguir a confiança dos soldados. Com muita dedicação, ela cumpriu as duas primeiras metas. Quando estava trabalhando para a terceira, ela foi ferida, presa e vendida para o governo da Inglaterra.

De acordo com a história, foram mais de 100 especialistas e juízes que participaram do julgamento da jovem por feitiçaria. Para muitas pessoas, Joana era uma bruxa infiltrada no exército francês para acabar com os ingleses. Ela foi interrogada durante um mês até ser condenada.

O fim de Joana D’Arc e sua santidade

Dois motivos foram determinantes para a sua condenação. O primeiro foi que os magistrados acreditavam ouvir vozes do diabo durante a defesa da jovem e o segundo foi o fato de Joana usar roupas masculinas, o que era algo impensável para uma mulher da época. Diante disso, ela foi queimada viva e morta aos 19 anos de idade no dia 30 de maio de 1431.

O fim de Joana D’Arc nunca foi aceito para muitas pessoas. Em 1920, ela foi canonizada e, considerada um símbolo da resistência francesa contra a invasão, passou a ser a padroeira da França.

Agora que você já conhece melhor Obá e o seu sincretismo com Joana D’Arc, confira também:

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