Dia de Obaluayê no Candomblé – Conheça todas suas características

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Conhecido como o temido dos Orixás, Obaluayê é responsável pela terra, fogo e pela morte. Todos sabem que ele é extremamente poderoso, tanto no Candomblé, quanto na Umbanda. Mas é impossível saber todas as características desse Orixá ou de seus filhos. Porém se você quer identificá-lo com maior facilidade, venha com a gente e entenda um pouco mais sobre esse tão conhecido Orixá.

Quem é Obaluayê? Conheça o Orixá Obaluaê

Também conhecido pelos nomes de Omolu, Omulu, Obaluaiê e Orixá Obaluaê, é um dos mais temido pelos humanos. Isso porque é através do seu poder que ele se torna o responsável pela terra, fogo e morte! E quem não teme a morte?

É importante saber que ninguém é capaz de esconder nada de Obaluayê, por isso ele é símbolo de temor tanto na Umbanda quanto no Candomblé. Ele é capaz de enxergar cada detalhe na vida das pessoas. E por reger a terra, de onde tudo começa e tem fim, é o encarregado pela morte. Mas, também é o protetor dos doentes pobres, por conhecer o sofrimento de cada um que carrega alguma enfermidade, tendo relações com a cura.

Pode-se dizer que Obaluayê está diretamente ligado à evolução de todos os seres, de forma contínua. Seu nome significa Rei e Senhor da Terra. Nas suas vestes há o símbolo da palha escondendo os mistérios da vida e da morte. Sua relação com a terra quente e seca também lhe faz ser associado ao calor do fogo e do Sol.

Obaluayê irradia energias positivas, que transformam todo sentimento negativo em boas coisas. Sua cor é o violeta e ele é o senhor das passagens de um plano para o outro. Só por aí dá para entender os motivos de Obaluayê ser considerado o Orixá responsável por controlar a morte, não é?

E não é para menos: Obaluayê atua no processo de reencarnação e cuida da evolução humana por meio da irradiação energética e espiritual para a evolução de cada um de nós. Ele faz a transmutação em cada um de nós, ou seja, transforma energias negativas em positivas.

Conheça as características dos filhos de Obaluaê

Os filhos de Obaluaê costumam ter aspecto de certa forma depressivo, como aqueles que veem o copo sempre “meio vazio”. Seu semblante triste os faz ter o costume de reclamar muito da saúde e de dores, bem como demonstram muita teimosia e dificuldades em acreditar que vão reverter a situação difícil vivida momentaneamente.

Seu lado rabugento se choca com o jeito doce e carinhoso que muitos têm, sendo assim mais expressivo e comum. Com certa frequência, apresentam manchas na pele e apresentam dores reais pelo corpo.

E não é bom negócio figurar entre os inimigos de um filho de Obaluaê. Eles costumam ser vingativos e sem dó na hora de pagar com o mesmo preço alguma ofensa ou prejuízo a eles destinado anteriormente. Ainda assim, os filhos de Obaluayê preservam muito suas amizades, indo com elas até o fim de tudo.

Também são dedicadíssimos em tudo aquilo que fazem, especialmente no que diz respeito ao trabalho. Costumam ser limpos e vaidosos, além de demonstrarem grande beleza. Quando esta não é física, é espiritual, chegando a conquistas fortes com o brilho do Sol em sua alma.

Sincretismo de Obaluaê

Obaluayê é um Orixá que possui dois sincretismos, atuando em duas linhas completamente diferentes.

Se acompanhado de Nanã, Obaluaê é mais jovem. Nesse caso, sua mãe elimina de sua memórias de pessoas com morte anunciada em breve. É ele quem faz a passagem da alma do mundo material para o mundo espiritual.

Aqui, ele é sincretizado com São Roque, um santo da igreja católica, padroeiro dos doentes vítimas de grandes pestes e protetor dos cirurgiões.

Já o sincretismo de Omulu acontece quando este Orixá se apresenta com Iemanjá. Nesse caso, ele toma uma forma mais velha e é chamado de Omulu. Se Obaluayê faz a transição entre a vida e a morte, quando chamado de Omulu, ele e Iemanjá são responsáveis pela encarnação.

Nesse caso, o sincretismo é feito com São Lázaro, um santo católico protetor de leprosos e mendigos. Este possuía muitas chagas e feridas no corpo mas, mesmo assim, não deixou de ter fé.

Dia de Obaluayê no Candomblé

O dia de celebração ao Orixá Obaluaê é 16 de agosto. A data é escolhida por ser também ser celebrado o dia de São Roque, com o qual este Orixá faz sincretismo no mundo católico.

Ambos são responsáveis por olhar pelas pessoas doentes, com feridas e outras doenças que possam a estar atormentando.

Nesse dia, é relembrada a trajetória de Obaluayê para que ele não esqueça das pessoas que sofrem em seus últimos dias ou buscam um encarnação tranquilo. E também o melhor período para que façam oferenda para Obaluaê. Isso o agrada, já que ele é um Orixá muito temido e rancoroso com quem não o aprecia, nunca é demais celebrá-lo em seu dia!

Agora que você já sabe mais sobre Obaluayê e seu dia no Candomblé, confira também:

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