O Apóstolo Paulo é um dos principais nomes do Novo Testamento, tendo sua trajetória de vida e suas epístolas como alguns dos mais importantes ensinamentos dos primeiros anos do cristianismo. Sua conversão e pregação são das mais bonitas histórias bíblicas, sendo fonte de muitas pregações pelo exemplo de vida, conversão e evangelização de um dos santos mais importantes do catolicismo. Saiba agora quem foi São Paulo e entenda toda a sua história.
Descubra agora quem foi São Paulo
O Apóstolo Paulo também é conhecido como Paulo de Tarso, Saulo de Tarso e mesmo São Paulo, entre os católicos. Como o próprio nome indica, nasceu na cidade de Tarso e morreu em Roma, por volta do ano de 67 d.C.
Para você que quer saber quem foi São Paulo, entenda que ele é considerado um dos doutrinadores mais influentes do cristianismo primitivo, já que sua obra é uma das mais significativas do Novo Testamento. Não é à toa que há o chamado “paulinismo”, que é a linha do pensamento cristão que segue os escritos do Apóstolo Paulo. Ele foi um dos principais pregadores do cristianismo e do evangelho na época do Império Romano.
Ele ainda era Saulo quando se dedicava à perseguição dos primeiros cristãos e pregadores na região de Jerusalém. Saulo era um dos soldados mais cruéis e sanguinários para os primeiros cristãos pouco tempo depois da morte e ressurreição de Jesus. Era um cidadão romano, o que lhe dava uma condição social e legal acima das pessoas comuns da época.
O Apóstolo Paulo chega a afirmar que “respirava ameaça e morte contra os discípulos do Senhor”. Tinha como principal objetivo levar preso todos os seguidores de Cristo antes de sua conversão, que mudou sua história e trajetória de vida.
Foi durante uma viagem entre Jerusalém e Damasco que uma visão mudou seu rumo, com uma conversão que tirou o deixou cego por três dias, depois dos quais passou a ser um dos maiores pregadores do Cristianismo. Mudou o nome para Paulo e desde então passou a pregar o evangelho em diversos cantos do mundo.
Sua história de pregação e conversão está relatada na Bíblia especialmente no livro dos Atos dos Apóstolos e por meio de 13 epístolas, nas quais toda sua doutrina é explicitada de forma clara. Confira mais sobre a história de quem foi São Paulo abaixo.
A conversão do Apóstolo Paulo
O livro dos Atos dos Apóstolos e as treze epístolas explicam melhor quem foi São Paulo, afinal elas são as principais fontes a tratar da conversão de Saulo em Paulo, do soldado cruel e perseguidor em um dos principais pregadores do Evangelho nos primeiros anos do cristianismo.
E ainda que sua conversão tenha se dado de forma súbita, há quem diga que o martírio de Estêvão e mesmo a perseguição do Apóstolo Paulo aos primeiros cristãos podem ter servido de preparação para o que estava por vir.
Ainda como Saulo de Tarso, ele partiu com muita fúria rumo a Damasco para destruir a comunidade cristã da cidade. Tal foi sua surpresa quando o inesperado mudou o rumo de sua história, quando uma grande luz brilhou no céu e ele caiu no chão, com uma voz lhe dizendo: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” Prontamente ele respondeu: “Quem és, Senhor?”. A resposta: “Eu sou Jesus, a quem me persegues”
Com muito medo e tremor do corpo, ele perdeu a visão durante três dias, sendo que os homens ao seu redor viram tal luz, sem ouvir a voz que orientava o então carrasco do cristianismo. Não puderam ver a Pessoa de Cristo, embora também se assustassem profundamente com o acontecido.
Tal fato é relatado no livro dos Atos dos Apóstolos, a conversão imediata de Saulo no Apóstolo Paulo é um dos relatos mais bonitos da história do cristianismo. Mesmo não tendo sido um dos doze discípulos que seguir Jesus Cristo em sua pregação pessoalmente, o Apóstolo Paulo dali em diante se tornaria um dos principais nomes a levar a evangelização por diversos cantos do mundo.
Para entender quem foi São Paulo precisa saber que era necessário que tal evento acontecesse, transformando um verdadeiro carrasco em um dos grandes entusiastas da pregação do cristianismo, para que o milagre de Cristo fosse visto com mais clareza pelos que precisavam de uma voz para lhes guiar.
Pregação que ajuda a entender quem foi São Paulo
O uso do nome Paulo aparece pela primeira vez no livro dos Atos dos Apóstolos, quando o Apóstolo começa sua primeira jornada missionária de pregação do Evangelho.
Há diversas teorias sobre os motivos e significados da escolha do nome. Fato é que, ao escolher o nome Paulo, o antigo perseguidor de cristãos atrela para si a missão de pregar o Evangelho por diversos cantos, sem medo de arcar com graves consequências nos primeiros anos do cristianismo, quando isso era um crime que castigava os primeiros pregadores até mesmo à morte. Mesmo o risco de uma prisão ou tortura não amedrontou o Apóstolo Paulo, que não abriu mão de pregar a palavra do Senhor por onde passava.
Ele optou pela itinerância, ou seja, não se fixou em um único lugar, escolhendo levar o Evangelho para diversos lugares. Entre suas diversas viagens para pregar o Evangelho, chegou mesmo a encontrar com o Apóstolo Pedro, fato que é relatado em algumas de suas epístolas. Trata-se de dois dos maiores pregadores do Evangelho da história do Novo Testamento, tendo São Tiago como outro dos grandes marcos pós-morte e ressurreição de Jesus Cristo.
É curioso entender o quanto mesmo sem ter tido contato com Jesus Cristo em seus anos de pregação, o Apóstolo Paulo surge como um dos principais doutrinadores, responsável direto por levar a palavra cristã por diversos canos do mundo, sem nenhum prejuízo pela distância.
Nas suas epístolas, exorta as comunidades cristãs a seguir os preceitos divinos a todo o custo. Em seu estilo de vida semelhante ao dos monges eremitas, abriu mão das riquezas e benefícios aos quais tinha direito para pregar a Palavra.
Suas epístolas são a marca da pregação pelas cidades em que passou. São treze as que aparecem no Novo Testamento, ainda que ele tenha passado por muito mais comunidades em sua pregação.
As epístolas escritas pelo Apóstolo Paulo se dividem em:
- Eclesiáticas – Romanos, I Coríntios, II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I Tessalonicenses e II Tessalonicenses;
- Pastorais – I Timóteo, II Timóteo e Tito;
- Pessoal – Filêmon.
A morte do Apóstolo Paulo
Para compreender quem foi São Paulo precisa conhecer a história de sua morte também. As discussões referentes ao número de prisões sofridas por ele são quentes e inconclusivas.
O fato de o livro dos Atos dos Apóstolos não descrever em detalhes a trajetória dele com detalhes, do começo ao fim, é uma de suas principais razões. Há relatos nas próprias epístolas do Apóstolo Paulo de seguidas prisões em períodos curtos, mas nada que detalhe com precisão o número de prisões que o afligiram antes de sua morte.
Eis um exemplo, no qual o Apóstolo Paulo trata diretamente da aflição de ter sido preso por diversas ocasiões: “São ministros de Cristo? (falo como fora de mim) eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes.” (2 Coríntios 11:23)
O Apóstolo Paulo tem sua prisão em Jerusalém, quando por pouco não foi linchado, relatado no capítulo 21 do livro dos Atos dos Apóstolos. Chegou a ficar dois anos preso e ter sido ameaçado de ser entregue aos judeus para ser julgado por eles, que rejeitavam o cristianismo a todo custo.
Depois de ter conseguido se livrar dessa prisão, mesmo pregando livremente o Evangelho, ele chegou sob escolta a Roma ao apelar a César e a partir daqui os relatos sobre sua vida são esparsos em diversos relatos de epístolas e documentos não replicados na Bíblia.
Ao ser novamente preso, desta vez em Roma, foi executado pelo imperador Nero entre os anos 67 e 68 d.C., conforme indicado em 2 Timóteo 4:6-18. De acordo com epístolas pastorais e a tradição cristã, ele foi morto perto da estrada de Óstia, fora de Roma. Sua execução teria sido por uma decapitação. O texto que melhor define a pregação do Apóstolo Paulo é famoso até mesmo por quem não tem profundo conhecimento das passagens bíblicas.
“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.” (2 Timóteo 4:7,8)
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