Um dos principais pontos turísticos de Salvador, na Bahia, é o Dique do Tororó. O principal atrativo dessa região são as gigantescas imagens de orixás colocadas no local há cerca de 10 anos. Quem se encanta com as águas e as esculturas do Dique não percebe que, em todos os cantos do Brasil, há símbolos do Candomblé. Por isso, fique atento e saiba identificar quais são esses atributos a partir de agora.
Fios-de-conta como símbolos do Candomblé
Com certeza você já viu alguém na rua usando longos colares de contas. Saiba que você está próximo de um dos milhões de adeptos brasileiros do Candomblé. Chamados de “fios de conta”, esses colares identificam e protegem os fiéis de cada orixá.
Para ter direito a usar um desses fios que são símbolos do Candomblé, os adeptos precisam passar por um ritual de iniciação nos terreiros. Assim, da próxima vez que encontrar alguém usando um desses belos colares, lembre-se de que se trata não de uma peça ornamental, mas sim de uma marca e fonte de axé. Eles podem ser feitos de miçangas, cristais, búzios, corais, prata, bronze ou ouro.
Gastronomia e os símbolos do Candomblé
Ao redor do Dique do Tororó, em Salvador, costumam ficar algumas baianas vendendo comidas típicas locais. Todo mundo sabe que as baianas são símbolos, claro, da Bahia. Mas o que pouca gente sabe é que as comidas baianas são carregadas de simbolismos.
As baianas (chamadas, na Bahia, de “baiana de acarajé”) vendem comidas que, nos terreiros, são ofertadas aos orixás. Iansã, Exu, Oyá, Xangô e Obá adoram comer acarajé. Outra iguaria que não pode faltar nos tabuleiros das baianas – e nos terreiros de Candomblé – é o abará. Ele é um acarajé que, ao invés de frito, é cozido enrolado em folhas de bananeiras.
Assim, ao saborear uma dessas delícias, não deixe de pedir licença aos orixás. Afinal, a comida foi feita originalmente para eles se tornando um dos famosos símbolos do Candomblé.
Iniciação como símbolos do Candomblé
Nem todos os símbolos do Candomblé ficam à vista de todos. Alguns são acessíveis apenas aos praticantes da religião. É o caso, por exemplo, das cerimônias de iniciação.
Os rituais variam de acordo com cada nação e cada casa de Candomblé, mas todos contam com algumas práticas comuns. O iniciado – aquele que está começando na religião – tem a cabeça raspada, sob luzes de velas. O processo é acompanhado por poucas pessoas, que cantam músicas ritualísticas ancestrais.
Ao fim do procedimento interno de iniciação, tem início as cerimônias públicas. O iniciado é obrigado a utilizar um colar sagrado no pescoço por ao menos doze semanas. Nesse período, deve evitar prazeres considerados mundanos, como beber álcool ou ter relações sexuais.
Festas que são símbolos do Candomblé
Por fim, um símbolo bastante conhecido do Candomblé são as festas, que também se fazem bastante presentes nas ruas de Salvador, especialmente no verão.
Uma das festas do Candomblé mais conhecidas do Brasil é a Festa de Iemanjá, que é realizada todos os anos no dia 2 de fevereiro. Cerca de 50 mil pessoas lotam a praia do Rio Vermelho, na capital baiana, levando presentes para a rainha do mar.
As grandes festas populares do Candomblé, apesar de na atualidade serem fortemente marcadas por eventos sem ligação com a religião, visam unir os orixás com seus filhos humanos.
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