Conheça a história da Orixá guerreira – Yewá!

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Orixá do sexto sentido e da vidência, a presença de Yewá é mais forte e tradicional no Candomblé do que na Umbanda. Acredita-se que a sua principal força é originária da Nigéria, onde há um rio com seu nome.

Yewá também simboliza e a sensualidade, apesar de nunca ter se entregado a nenhum homem. Por ter se conservado casta, acabou se tornando protetora de tudo aquilo que é considerado virgem e puro, desde o que diz respeito ao ser humano até as florestas e rios.

Sobre Yewá – A Orixá guerreira de palavra firme!

Filha de Oxalá e Nanã, Yewá é irmã de Oxumaré e Obaluaiê. É considerada uma guerreira de palavra firme, não há quem consiga fazer a Orixá mudar de ideia sobre aquilo o que disse ou decidiu. Seu principal objetivo e trabalho são com a proteção daqueles que são puros e verdadeiros de coração.

Por ser casta e pura, acreditam que é uma Orixá ingênua. Mas engana-se quem pensar isso. Na verdade, Yewá é bastante esperta e não é aconselhável despertar sua ira. Acredita-se que quem a desafia torna-se perdido na vida, sem nunca mais consegue encontrar seu caminho.

Regente da neblina e dos nevoeiros, ela é uma mulher guerreira e sábia. Suas lendas mostram que ela não tem medo da morte e que já a enganou inúmeras vezes. Além disso, ela costuma ficar em regiões de cemitério, pois ali sente a verdadeira paz e consegue ficar afastada de Ifá e Xangô.

Entenda tudo sobre Yewá

Muitas vezes, a Yewá é confundida com seu irmão Oxumaré, já que os dois são responsáveis pela energia do arco-íris. Por essa razão, ambos costumam ser cultuados juntos. Além disso, os dois têm a serpente como símbolo, sendo a dela em menor proporção.

A tradição também mostra que Yewá se apresenta apenas para filhos de santos femininos. Os principais símbolos que a acompanham são o Ofá, o arpão, a cobra e a lira. As cores ligadas a Orixá são tons femininos como coral, rosa e vermelho vivo. Seu dia da semana é a terça feira e sua saudação é “Ri Rô Ewá!”.

Yewá e o sincretismo com Santa Luzia

No sincretismo religioso, a Orixá é relacionada com Santa Luzia, padroeira dos oftalmologistas e de quem tem problemas de visão. Com comemorações feitas no mesmo dia, 13 de dezembro, as duas figuras religiosas têm o poder da vidência.

Além disso, assim como a Yewá, a entidade católica escolheu não se casar e dedicar sua vida ao que acreditava – a fé em Deus. Também são conectadas por conseguirem ver os melhores caminhos para as almas, enxergando muito além do físico e focando nos espíritos.

A história de Santa Luzia

De acordo com a tradição católica, a história da Santa começa ainda com sua mãe. De origem italiana, Luzia conheceu a fé com sua mãe que era uma mulher muito doente e sofria de hemorragia. Em busca de cura, elas partiram para o túmulo de Santa Ágata em busca de ajuda e cura para que a mãe sobrevivesse.

Assim que chegaram ao túmulo, Santa Agata apareceu para Luzia e revelou que ela mesma tinha o poder para curar a mãe. Emocionada com o milagre que havia acontecido, a jovem decidiu dedicar sua vida a Deus. Para isso, fez um voto de castidade e fidelidade a Jesus e entregou seu dote de casamento, uma quantia significativa de dinheiro, para os pobres.

Sua mãe concordou e apoiou a atitude, porém, nem todos ficaram felizes com a decisão da jovem. Ela já tinha um pretendente para o casamento que não se conformou com a decisão de Luzia e a denunciou ao governador com a acusação de que ela era cristã. Ele fez isso, pois o imperador havia emitido um decreto autorizando que os cristãos da região fossem punidos.

Ao receber a notícia, o governador ficou furioso e mandou que seus homens a matassem ali mesmo. Então, os carrascos ferveram resina e azeite para jogar sobre Luzia e assim foi feito, no entanto, nada aconteceu com a mulher. Ela era tão poderosa que não conseguiam matá-la.

O martírio continuou e, por fim, arrancaram os olhos de Luzia. Foi dai que surgiu a devoção a Santa como protetora dos olhos. Sua morte aconteceu no dia 13 de dezembro de 304 e, como forma de homenagem, os cristãos de Siracusa construíram um templo em seu nome e a elegeram como padroeira da cidade.

Agora que você já conhece Yewá e seu sincretismo religioso com Santa Luzia, veja também:

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