Você sabia que a mediunidade de incorporação tem vários graus de consciência? Isso se relaciona com o quanto o médium se recorda do que viveu durante a incorporação e a mensagem transmitida pelo espírito ao qual ele se conecta.
Um médium inconsciente possui o dom de emprestar seu corpo para espíritos desencarnados se comunicarem com pessoas encarnadas, no entanto não consegue se lembrar das mensagens transmitidas durante a incorporação. Vamos desvendar mais sobre este dom a seguir.
O que é um médium inconsciente?
A mediunidade de incorporação inconsciente se caracteriza pela inconsciência do médium em relação à mensagem transmitida. Portanto, um médium inconsciente não consegue se recordar da mensagem transmitida durante o processo de incorporação.
Algumas pessoas podem ver a mediunidade inconsciente como um grau evoluído do dom, mas não é verdade.
Teóricos e religiosos do Espiritismo são categóricos em afirmar que todos os graus de consciência durante a incorporação são válidos, seja inconsciente, semiconsciente ou até mesmo consciente.
Médium inconsciente x médium consciente
Ao contrário do médium inconsciente, o médium de incorporação consciente se recorda do momento em que ocorreu a incorporação. Portanto o médium consegue se lembrar de tudo que foi dito durante a incorporação e passa a mensagem do espírito de acordo com o seu próprio entendimento.
Também existem médiuns de incorporação semiconscientes, que conseguem lembrar apenas parcialmente do momento em que ocorreu a incorporação. Porém, durante a transe, o espírito consegue ter controle parcial dos órgãos vocais do médium.
Médium inconsciente x Espírito obsessor
Como o médium inconsciente não se recorda das mensagens transmitidas durante a incorporação, é necessário redobrar os cuidados com os espíritos obsessores.
De acordo com Allan Kardec, alguns espíritos obsessores podem adquirir domínio sobre certos médiuns e provocar diversas consequências em suas vidas.
“(…) Os bons aconselham, combatem a influência dos maus, e se não os escutam preferem retirar-se. Os maus, pelo contrário, agarram-se aos que conseguem prender. Se chegarem a dominar alguém, identifica-se com o Espírito da vítima e a conduzem como se faz com uma criança.” (Allan Kardec, Os Livros dos Médiuns).
Existem muitos espíritos oportunistas e calculistas, e cabe ao médium inconsciente não se deixar atrair por essas influências negativas. Afinal, é sempre responsabilidade dele se deixar atrair ou não pelos obsessores.
Um dos motivos que facilita a dominação é a baixa vibração: assim como nós nos atraímos por pessoas com as quais nos identificamos, também os espíritos obsessores se sentem atraídos por pessoas que compartilham das mesmas características, como depressão, vícios, vingança, apego e medo.
Um médium inconsciente deve sempre buscar ter atitudes positivas em relação à vida, pois ações desequilibradas podem atrair espíritos obsessores.
Mediunidade inconsciente no Espiritismo e na Umbanda
Cada médium de incorporação tem suas especificidades e existem diferentes tipos de manifestação. O dom da mediunidade inconsciente não está restrito a religiões, mas existem, sim, diferenças entre o médium de incorporação que trabalha na Umbanda e o que segue a doutrina Espírita.
Cada religião e crença possuem uma estrutura vibratória específica, e, portanto, a forma como a mediunidade se manifesta em cada uma delas também é diferente.
Quais as religiões que mais trabalham a mediunidade?
O médium inconsciente de Umbanda tem o campo magnético e vibracional capaz de incorporar uma entidade como um Caboclo ou espíritos dessa vertente espiritual. Já um médium de incorporação espírita, que atua em mesa, vai incorporar espíritos conhecidos e da vibração desta crença.
A semelhança entre eles é justamente o grau de consciência: tanto na Umbanda quanto no Espiritismo, o médium inconsciente não se lembrará do momento da incorporação e da mensagem transmitida durante a transe.
Em ambas as religiões, é fundamental que o médium inconsciente esteja preparado para incorporar espíritos desencarnados. Caso ele se sinta perturbado, é necessário procurar ajuda em um Centro Espírita ou de um terreiro, que poderá aconselhar a equilibrar seus dons de mediunidade, para poder transmitir as mensagens dos espíritos desencarnados da melhor maneira.
Será que sou um médium inconsciente?
Quando uma incorporação está prestes a acontecer, é possível notar alguns sintomas físicos como:
- mãos e pés frios e suando,
- tremores,
- enjoo,
- tontura,
- arrepios,
- falta de ar,
- sensação de que vai desmaiar,
- batimentos cardíacos acelerados,
- sensação de nó na garganta.
Como descobrir?
É importante ressaltar que quando o médium é um espírito de luz e muito iluminado a sensação de frio e suor é substituída por uma grande sensação de bem-estar quando a incorporação ocorre. No entanto, sendo um médium inconsciente, essa sensação virá na forma de sensação de alívio após a incorporação, uma vez que ele não se lembrará dela.
A capacidade para ser médium espiritual é algo inerente a qualquer pessoa. Quem afirmou isso foi o próprio fundador do Espiritismo e maior estudioso da mediunidade que já existiu, Allan Kardec.
É possível desenvolver esse dom?
Desenvolver a mediunidade depende de cada um, das escolhas espirituais e a determinação em incentivá-la. Estudando sobre o tema e fortalecendo sua conexão com o plano espiritual podem fazer de você um médium no futuro.
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