A umbanda, religião tipicamente brasileira, é muito rica em manifestações e símbolos. Mas quais são as origens e explicações dessas manifestações? Boa parte se deve aos rituais africanos trazidos para o Brasil pelos negros escravizados. Vamos conhecer um pouco mais sobre essas belas tradições? Confira abaixo:
Bater tambores nos rituais africanos
O bater de tambores é um dos rituais africanos que não está ligado apenas à umbanda e ao candomblé, mas também a muitas outras características da cultura brasileira. As tribos africanas utilizam os tambores para a comunicação entre si e para se comunicar com os mortos. O modelo mais antigo de tambor africano de que se tem notícia é o Djembê, criado por volta do ano de 500.
Dançar samba nos rituais africanos
Por essa você não esperava! O samba também faz parte dos rituais africanos. A palavra samba é, na verdade, uma versão portuguesa da palavra bantu (uma língua africana) “semba”. Semba, por sua vez, significa “umbigo”. Mas por que uma dança se chamaria “umbigo”? Porque, na África, o semba é dançado a dois, com corpos se encontrando ou, como dizem eles, com “toques de umbigo”.
Comer acarajé e abará nos rituais africanos
Comer esse bolinho frito ou cozido também é um ritual africano. Essas iguarias são preparadas para serem dadas de presentes aos orixás. Hoje são ícones da Bahia e das “baianas de acarajé”.
Tocar berimbau nos rituais africanos
O berimbau é um instrumento africano antiquíssimo, datado de 1500 antes de Cristo. Ele foi criado em Angola e hoje é parte central da capoeira, arte marcial brasileira de origem africana.
Jogar búzios nos rituais africanos
O jogo de búzios é um ritual tipicamente africano ligado ao candomblé. A prática mais comum é jogar 16 búzios sobre um tabuleiro e analisar o local e a forma com que caíram. Acredita-se que são os orixás que determinam a forma como os búzios ficam sobre o tabuleiro, de forma a se comunicar com o “médium”.
Acreditar em quibungo nos rituais africanos
O quibungo (ou chibungo) é um mito africano que chegou ao Brasil por meio dos escravizados. Hoje, faz parte do folclore brasileiro, especialmente nos estados da região Nordeste.
De acordo com a lenda, quibungo é um monstro, metade gente e metade bicho, que come crianças e mulheres. Assim como outras lendas similares, trata-se de uma forma de assustar crianças para que elas se comportem.
O quibungo tem um grande buraco nas costas, onde joga as suas vítimas para serem comidas. Em alguns estados do Nordeste o termo chibungo virou um sinônimo pejorativo para homossexuais.
Educar os jovens nos rituais africanos
A educação é parte do ritual de amadurecimento dos jovens africanos. No Golfo da Guiné a educação incluía a aquisição de virtudes morais; habilidades manuais, técnicas e guerreiras; atividades artesanais, comerciais ou místicas.
Cada uma dessas habilidades tinha um objetivo prático: o de facilitar a vida do jovem nas comunidades em que viviam e, ao mesmo tempo, capacitá-lo para colaborar com a sociedade. A capacitação também incluía o desenvolvimento corporal e de habilidades sociais, obediência à ordem e o respeito aos parentes e às autoridades.
Agora que você já sabe um pouco mais sobre os principais rituais africanos no Brasil, confira também:
- A história da Umbanda – Conheça sua origem, práticas e linhas
- Como funciona a Umbanda – Entenda as suas vertentes
- Ogum na Umbanda – Entenda a importância deste Orixá
- Exu na Umbanda – Mitos e verdades sobre essa linhagem