A Umbanda é uma religião nova, com aproximadamente 100 anos, é tipicamente brasileira e cristã. Confundida com o Candomblé e outras práticas ancestrais africanas, essa é uma representação religiosa e cultural que diz muito sobre a narrativa do Brasil. Sem contar que explica bastante sobre o período de mudanças em que foi instituída enquanto crença. Quer saber mais sobre ela? Então, confira agora a história da Umbanda e todos os seus princípios.
A origem da história da Umbanda
A Umbanda é uma religião que nasceu da virada do século XIX para o século XX. Tem forte base no Kardecismo, ou seja, nos estudos e práticas de Allan Kardec, amplamente difundidas a partir da metade do século XIX no Brasil.
Diferente do Candomblé, a Umbanda é uma religião urbana influenciada pelas práticas religiosas das senzalas que, por sua vez, eram sincretizadas com as práticas dos escravos.
Assim, a história da Umbanda mostra que ela é uma religião que surge na transformação das cidades pela necessidade de integrar as práticas ritualísticas das senzalas com a exigência de um espaço urbano menos livre e mais ordenado.
A importância de Zélio de Moraes na história da Umbanda
Segundo algumas fontes, a história da Umbanda teria início em 1908 quando foi fundada pelo médium Zélio Fernandino de Moraes. Na época, esse homem estaria doente e teria sido levado a um “centro de mesa” (ou seja, kardecista), por um parente.
Neste centro, sentado na corrente, Zélio teria recebido um espírito que ordenou que ele fosse buscar uma rosa branca. Depois de sair da corrente para buscar a rosa branca, ao voltar, muitos outros irmãos de corrente receberam espíritos de pretos e índios e foram coibidos pelo dirigente, com o argumento de que eram “espíritos atrasados”.
A entidade de Zélio, que se anunciou no dia seguinte como Caboclo das Sete Encruzilhadas, teria, então, se retirado e dito que voltaria no dia seguinte na casa de Zélio onde pudesse ser bem ouvido e aceito.
Assim, no dia seguinte uma multidão de curiosos, parentes e kardecistas se reuniram na casa de Zélio onde, às 20 horas, o Caboclo das Sete Encruzilhadas aparecerá para fundar uma nova religião, baseada nos valores cristãos da caridade e do amor ao próximo.
A história da Umbanda então teve início como uma religião que trabalharia com os espíritos dos sábios pretos velhos e caboclos e atenderia os necessitados de graça. Também foi o Caboclo que disse que os médiuns deveriam trabalhar de branco em casas organizadas por dirigentes e que seguiriam os preceitos de Cristo.
As diferentes linhas que surgiram na história da Umbanda
Como a Umbanda é uma crença ritualística que cresceu muito no século XX, várias linhas foram se proliferando, agregando outras práticas. Desde o começo da história da Umbanda, pode-se perceber que ela é uma religião democrática e inclusiva.
Assim, influências orientais, influências africanas, influências esotéricas e influências kardecistas foram incorporadas em várias Casas, de acordo com a proposta e as ordens recebidas pelos respectivos dirigentes e por seus guias-chefes.
Por um lado, isso ocasionou que muitas Casas e filhos de santo sofressem com a má índole e transtornos de personalidade de Chefes de Terreiro, bem como com a falta de informações confiáveis sobre a religião, que sempre aconteceu muito mais na prática do que na teoria.
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A história da Umbanda no século XXI
Hoje, há muito mais estudos científicos e religiosos sobre a Umbanda que levam em conta a diversidade e procuram levar informação aos médiuns que sofrem sem saber o que fazer com sua mediunidade. Vale lembrar que os preceitos da Umbanda permanecem o mesmo: caridade, democracia, acolhimento e evolução espiritual.
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